POETA FRANCIS GOMES

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domingo, 29 de junho de 2014

O valor das palavras


Há momentos que as palavras valem tanto...
Muito mais que um presente, no entanto,
Quando ditas de um modo carinhoso.
Mesmo que seja um simples parabéns.
Tudo acaba, e os presentes também,
Mas as palavras deixam o amor mais viçoso.

Que seus anos sejam semelhantes à lua,
Que a cada fase sabiamente se recua,
Para voltar cheia de encantos e mais bela!
Como uma pluma lá no céu ela flutua,
Se derrama e se espalha sobre a rua,
O tempo passa e ela nunca fica velha.

Que seus olhos nunca parem de brilhar,
E seu sorriso nunca deixe de encantar,
Mas permaneça com o mesmo resplendor!
Que sempre tenhas um motivo prá sonhar,
E os seus sonhos venham se concretizar,
Da mesma forma que você os projetou.

Que a esperança se renove a cada dia,
E eu possa tê-la sempre em minha companhia,
E juntos multiplicarmos os nossos bens.
Que o nosso amor seja sempre fervoroso,
E você seja o meu bem mais precioso
E eu possa dar-te muito mais que parabéns.

E que você nessa sua trajetória,
Junto comigo forme uma só história,
Onde o amor, Serve-nos como lençóes.
Que este amor, nunca perca sua magia,
E os poetas possam cantá-lo em poesia,
Às gerações que virão depois de nós.

Francis Gomes

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Cordel é literatura, escrever cordel é arte



Nós por ser cordelistas
Somos muitos criticados
Por alguns desenformados
Pensam serem artistas
Não passam de fascistas.
Não sabem o que é sextilha
Nem mesmo redondilha
E com sua ideai péssima
Não conhecem uma décima
Pensa que é armadilha

Martelo agalopado
E se por acaso falar
Em galope a beira - mar
A gente ver que o coitado
Já fica desconfiado
Não sabe o que dizer
Por isso deve aprender,
Cordel é literatura
De métrica e estrutura
É preciso conhecer

Então caro menestrel
Que vivi a me criticar
Me desculpe lhe falar
Deixe esta língua de fel
Estude sobre cordel,
Não descrimino ninguém
E se você achar por bem
Vá estudar métrica
Tem direito a réplica
E até tréplica também


Francis Gomes


sexta-feira, 20 de junho de 2014

NÃO APENAS LEIA MEDITE NESTES VERSOS

O medo que faz bem

Beber eu não bebo mesmo
Para dirigir a esmo
Sem saber o que estou fazendo,
Como uns bestas por ai
Que bebe pra dirigir
Matando e também morrendo.

Deus me livre eu tenho medo
De morrer assim tão cedo
Ou atropelar alguém.
Por isso também não corro
Assim não mato nem morro
E nem aleijo ninguém.

Aos ilustres corredores
Baladeiros, bebedores
Já que não pensa em você,
Veja bem por aonde vai
Pense na mãe, no seu pai
Num filho que vai nascer.

O que, que você faria
Se acontecesse algum dia
Que um louco embriagado
Como um trem fora do trilho
Matasse sua esposa e filho
Sua mãe e seu pai amado?

Só sabe a dor quem sente
É só quem perde um parente
Ou alguém muito amado,
Ai é que vai pensar
Mas não adianta chorar
Depois do leite derramado.

Por isso pense nos passos
Naqueles doces abraços
Que eles te deram um dia,
No vazio que a morte deixa
No paralítico que queixa
Da vida sem alegria.

Ande, porém não corra
Não beba não mate, não morra
Antes do dia marcado.
Viva e deixe viver
Mas se um dia morrer
Que não seja atropelado.
                                                                         Francis Gomes

SEMEANDO VERSOS COLHENDO CORDEL


Meus queridos amigos, amigas e leitores que curtem meu trabalho. Em agosto meu novo livro uma coletânea de cordel, contendo quinze cordéis e o meu inédito cordel,  A  VOLTA DE LAMPIÃO A TERRA. Já está em produção.

Desde já todos e mais um pouco e mais um pouco dos seus familiares e amigos e mais um pouco dos que eles conhecem já estão convidados e intimados. Em breve divulgarei a data.


Francis Gomes

www.poetacordelistafrancisgomes.blogspot.com

tchekos@ig.com.br

terça-feira, 17 de junho de 2014

Lágrimas


Lágrimas, todos tem
De onde vem?
Rolam em meu rosto,
Sufoca meu coração,
Tão minúscula, e silenciosa,
Rigorosa, solidão.

Lágrimas, tão tristonhas,
Quem as ganha?
O mais sonhador,
Sem amor e carinho,
Pobre, inválido,
Calado, sozinho.

Lágrimas, sempre triste,
Por que existe?
Para amenizar as dores,
Sussurros de um coração sofrido,
Partido, magoado,
Solitário, ferido.




Francis Gomes

domingo, 15 de junho de 2014

Tá escrito em meu olhar



Como a brisa da manhã você chagou
Num instante transformou-se em furação,
Trouxe o vírus do amor,
Por sua vez contagiou
Meu coração.

Desde a primeira vez que eu te vi
Senti uma chama acender dentro do peito
Juro tentei resistir
Me esforcei para fugir
Não teve jeito.


Só um cego pra não ver
O meu jeito de te olhar,
Por mais que eu tento esconder
Não da mais pra disfarçar
Eu sou louco por você
Não vou negar
Porque meus olhos revelam
O que com a boca eu não declamo
Está escrito em um olhar
Que eu te amo.





Francis Gomes

terça-feira, 10 de junho de 2014

CANTO DA DEPENDÊNCIA


Não podeis da pátria filhos
Nem ver contente a mãe gentil
Nunca houve liberdade
No horizonte do Brasil

Brava gente brasileira
Perto está  o agressor viril
A pátria não ficou livre
Reina a infâmia no brasil

Os grilhões ainda nos forja
Com ira e astucias mil
As cruéis mãos poderosas
Ainda zomba do Brasil

As terríveis ímpias falanges
De face  dura e hostil
Fere o peito e a alma
Dos guerreiros do Brasil

Parabéns ó brasileiro
Bravo povo varonil
Apesar do desrespeito
És a gloria do Brasil


      Francis Gomes




domingo, 8 de junho de 2014

 Arraiá em mim

Eita lasqueira, meu coração
Está como uma fogueira acesa
Em noite de São João.
Queimando em chamas
Ardendo em brasas
De tanta paixão.
E tanto desejo,
Faz meu sangue ferver,
Em cada orifício.
É tanta loucura,
E tanto calor
Aquece  meus sentimentos
Faz borbulhas de amor,
Que explodem dentro do peito
Como fogos de artifício.

Viva São João,
Viva São Pedro,
Viva Santo Antonio
O santo casamenteiro.
Grita meu coração
Batendo nas paredes do peito,
Alegre, pulando,
Como quem dança quadrilha
Embriagado de amor.

Anarriê, balancê, travessê,
Trancê, shaqualhê.
Eita que este coração ta doido,
E no trançar do passo,
Não marca compasso
Trupicando nos próprios pés,
Tá igual trem cuspindo fumaça
Soltando fogo pelas ventas,
Ou coração vadio só inventa.
E continua, a pular, gritar
Salve o arraiá,
Que quero é  amar,
Mas Deus me livre de casar.



Francis Gomes
A droga da vida


Muitos acham a vida uma droga.
Uns vivem da droga.
Outros morrem na droga.
E por causa da droga na vida
Tornam-se mortos vivos,
Morrendo aos poucos,
Na vida da droga
Na droga de vida.
Na vida! Que vida?
Se a vida é droga.
E se é droga, não é vida.



Francis Gomes

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Desafio

Meus queridos esta é a letre de um hino que escrevi para uma escola da cidade de Farias Brito no Ceará. Aceitei o desafio e saiu esta obra que podem ver.

Hino

Meios aos lírios do campo
As margens do Cariús
Surge o sonho, a esperança.
Como um sol que reluz
Rompendo a névoa da serra
Quebrando os grilhões da terra
Cobrindo o povo de luz

Como a aurora boreal
Que anuncia um novo dia
Assim surgiu nossa escola
Nosso orgulho e alegria
Antes um sonho distante
Hoje um monte flamejante
Jorrando sabedoria

Tu fulguras entre outras
Neste solo colossal
Eis nosso orgulho
Nossa bandeira
Nosso berço cultural.

          Refrão

Somos fortes somos grandes
Somos heróis por ti formados,
Tu transformas homens simples
Em homens conceituados
Que vibram e cantam alegremente
O resplendor do teu presente
E glórias de tempos passados

Maria Carmosina Leite
Este é teu nome ó mãe gentil
O que enche de orgulho
Nosso peito varonil
Nossa honra é tua história
Tua história é a glória
De nossa pátria Brasil


Francis Gomes

quarta-feira, 4 de junho de 2014

UMA PITADA DO CORDEL OS GÊMEOS

Os gêmeos

Meu avô era homem simples
Caipira, matuto honesto,
Sem tino para os estudos
Ele era analfabeto
Mas para contar historia
Tinha excelente memória
Era um artista completo

E no vai e vem da vida
Vai não vai às vezes vou
Lá no baú das histórias
Que meu avô me contou
Ligo o play que está parado
E trago lá do passado
Relíquias que me deixou

Por isso meu caro amigo
Eu chamo a sua atenção
A história que vou contar
Não é de minha invenção
É mais uma que me contou
E segundo ele  passou
No interior do sertão

Tem coisa que a ciência
Não consegue explicar
Deus sabe, mas não explica,
E a gente tem que aceitar
Dois seres tão diferente
Um medroso outro valente
Sair do mesmo lugar

Segundo vovô contou
Foi assim que aconteceu
Filhos do mesmo pai
A mesma mãe concebeu
Como Isaú e Jacó
Iran pra não sair só
Nasceu puxando Irineu

Um saiu quase berrando.
O outro bem melindroso.
O Iran nasceu taludo
Forte, bravo, corajoso,
Um menino magnífico.
Já Irineu um raquítico
Pálido, magrelo e medroso.

 Assim foi passando o tempo
Os dois meninos crescendo
Um correndo para as brigas
Outro das brigas correndo
Iran forte e corajoso
Já Irineu tão medroso
Que vivia se escondendo

Iran tornou-se um cabra
De dois metros de altura
As pernas era dois troncos
Os braços desta grossura
Ninguém brigava com ele
Quem levasse um tapa dele
Encomendava  à sepultura.

No dia que se invocava
E ficava embriagado
Mandava prender o padre
Batia no delegado
Festa, missa casamento,
Só acontecia o evento
Se ele fosse convidado
  
Até mesmo um feiticeiro
Pra fazer  feitiçaria
Iran tinha  que deixar
Se não ele não fazia
Coitado do que teimasse
Menino se Iran pegasse
A chibatada comia

Teve um feiticeiro velho
Todo  cheio de mandinga
Que disse no meu baralho
Eu sou a carta curinga
Quero ver qual é o macho
Que vem mexer no meu tacho
E quebrar minha moringa

Eu encanto e desencanto
Faço o nó depois desato
Deixo viver quem eu quero
Mas se quiser também mato
Ninguém mexe em minha tumba
Se eu quiser fazer macumba
Faço de galinha pato

 Quando Iran ficou sabendo
Ficou muito indignado
Mandou fazer um chicote
De couro cru enrolado
E disse catimbozeiro
Macumbeiro feiticeiro
Seu feitiço tá quebrado

Numa sexta feira à noite
Tava aquela gritaria
No terreiro de macumba
Santo descia e subia
Iran disse: mato ou morro
Porque correr eu não corro,
Do pai de santo ou do guia

Deu de cabo do chicote
De couro cru enrolado
E partiu para o terreiro
Como quem tava endiabado
Já chegou descendo a lenha
Em velho e mulher prenha
Homem solteiro e casado

 E foi aquela algazarra
Gente correndo e gritando
O pai de santo que estava
Com um guia manifestando
Na primeira chibatada
O guia falou qual nada
Eu  vou é me retirando

O pobre do pai de santo
Não desatou este nó
Os seguidores e o guia
Deixaram ele apanhar só
E pra aumentar a desgraça
Iran bebeu a cachaça
Dele fazer catimbó

Já Irineu o coitado
Sempre foi muito mofino
Cresceu mas não mudou nada
 Magro do pescoço fino
Os braços eram dois palitos
As pernas só os cambitos
E um nariz de suíno

 Tinha medo de tudo
Que se possa imaginar
Cobra, rato, aranha,
Barata então nem pensar,
Fazia uma esparrela
Pulava feito gazela
E começava chorar

Não dormia no escuro
Com medo de assombração
Não entrava em cemitério
Nem segurava em caixão
Não podia ver um morto
Que a peste olhava torto

E se esborrachava no chão....

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