POETA FRANCIS GOMES

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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Ainda que eu seja esquecido não esqueço meu sertão

Quanto mais o tempo passa
Mais eu sinto saudades.
Saudades dos amigos
Saudade dos amores
Saudade dos irmãos e dos pais,
Saudade da infância
Tempos que não voltam mais.
E é por isso que de vez em quando
Eu choro, escrevo e canto,
Meu sertão e cada canto
De minha terra querida.
Para não esquecer minhas raízes
Por quem vivo e respiro
Amores de minha vida.

Hora maldita


Se a saudade matasse este poeta
Que deixou sua terra há tantos meses
Apesar de morte ser só uma
Eu teria morrido muitas vezes

Mas a saudade não mata só machuca
E a gente fica sem saber o que se faz
Tento esquecer para ver se diminui
Isto só serve pra saudade aumentar mais

Sufoca o peito me dá um nó na garganta
É um negócio esquisito por demais
Pois não há nada mais triste neste mundo
Que ser sozinho e viver longe dos pais

Então eu penso que maldita foi à hora
Que iludido eu deixei meu pé de serra
Me aventurando buscando a felicidade
Pra viver triste e infeliz em outra terra.



Francis Gomes

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Eu sem você



Eu sem você sou tão pouco,
Me sinto perdido em uma auto estrada.
Sem rumo, sem sentido sem esperança,
Sem ânimo para seguir minha jornada.
Eu sem você sou assim,
Sem início nem meio, apenas fim.
Uma fotografia apagada,
Um corpo sem espírito,
Um espírito sem senhor
Uma alma sem morada.
Simplesmente assim
Descobri que se tirar você de mim
Não sobra nada.



Francis Gomes

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Amar não é estilo de vida



Se amar é fora de moda
Eu sou um tanto quadrado
Amo amar sem limites
E muito mais ser amado

Quem fala isso não sabe
Do bem que o amor é capaz
Amar não é estilo de vida
E a moda a gente que faz

Porque cada um tem
Sua peculiaridade de amar
A melhor forma é aquela
Que um ao outro se dar

Como os pássaros entregues,
Aos altos vôos na imensidão.
Porque o amor é livre
Mas amar é está preso por opção.

Francis Gomes



quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Aos nordestinos meus versos e meu respeito

A cor de minha pele


Minha pele não é branca, não é preta, nem amarela
Minha pele tem a cor do meu povo
Do meu estado
Da minha terra,
De minha cidade
Do meu rio
Do meu açude
Da minha roça
Do colégio onde estudei
Das veredas que pisei.
A cor da minha pele não está
Descrita em meus documentos,
Ela está cravada no meu coração,
No orgulho que sinto de ser nordestino
Cearense,
Fariasbritense.
Minha pele tem a cor do meu amor.
Minha pele sem dúvida nenhuma
Tem a cor do sertão.
Queimada do sol
Banhada pela lua
Soprada pelo vento agreste.
Ela tem uma cor especial.
E sinto orgulho em dizer:
Minha pele é nordestina.
Francis Gomes

Aos Guerreiros nordestinos

Meu canto


Alguns amigos me chamam de poeta
E outros me chamam cordelista
Meus parentes me chamam por meu nome
Mas o meu povo me chama de artista.

É por isso que eu canto o meu povo
Suas dores, alegrias e tristezas
Não escondo os indecoros que existe
Mas me esforço para cantar as belezas

Desta terra desprovida de um rei
Onda a lua toda noite faz clarão
E o sol impetuoso fere forte
Como carrasco deste povo e deste chão.

Mas este povo, esta nação sem bandeira
É como o sol rompendo a aurora a cada dia
Muitas vezes são deuses de si mesmos
Infelizes estandartes da alegria,

Impávidos heróis sem honra ao mérito
Gênios que a pátria não os reconhecem
Filhos legítimos de um rei
Bastardos na miséria em que perecem

Em uma  terra rica por si mesma,
Cheia de fontes, rios, açudes e mar
Céu azul, sol brilhante, verdes colinas
Noite estrelada e uma lua a clarear

E nesta terra é possível ver a aurora
E o arrebol que forma o sol ao entardecer
Ouvir cantar, cigarras, grilos e passarinhos
E ver vadios pirilampos ao anoitecer

Por isso canto cada canto desta terra
Os campos, as selvas, a luz, o escuro
Canto este solo, este povo bravio
Livre pra morrer sem ter futuro

Se cantar a minha terra é loucura
E ser poeta patriota é ser maldito
Me desculpem outras terras outros povos
Mas só a morte pode calar o meu grito

Porque não existe uma terra mais bonita
Nem existe um povo tão valente
Quem quiser que cante sua terra
Eu, porém canto a minha e minha gente.


Francis Gomes

Aos irmãos nordestinos

Orgulho nordestino

Assim como o negro,
O gordo o magro
Sofrem preconceito
Neste mundo atrasado
Os nordestinos,
Este povo valente
Também igualmente 
São descriminados.
Eu sou um poeta
Destas mesmas lavras
E nas minhas palavras
Muitos viajam, 
Não minto e nem nego
Este é meu destino
Eu sou nordestino
E não importa o que acham.
Não importa o que falam
O que digam o que pensem
Eles que repensem
No que vão dizer.
Eu sou nordestino
Achem ruim ou bom
Falo alto e em bom tom
E me orgulho de ser.

Francis Gomes


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

violentadores e violentadas




Às vezes eu me pergunto
Qual é a graça que tem
Um pilantra e safado
Que não respeita ninguém
Como quem quer e não quer
Se aproveitar de uma mulher
No ônibus metrô ou trem

Pergunto a este sujeito
O que ele ai achar
Se atrás dele tivesse
Um tarado a se esfregar?
Para este animal
Seria isso normal?
Será que ia gostar?

Pergunto mais uma vez
A esta mata sem trilha
A esta luz apagada
Estrela que nunca brilha.
Se a mulher abusada
Fosse sua namorada
Irmã sua mãe ou filha?

Responde pra você mesmo
E nem responde pra mim
Qual seria a punição
Para um sujeito assim
Porque pra mim este bicho
Eu capo e jogo no lixo
Se dane que achar ruim

Francis Gomes