POETA FRANCIS GOMES

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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Fim da linha


Todas as vezes que tento te esquecer
É sempre a mesma história,
Quando penso que já te esqueci
E finalmente posso contar com a vitória,
Percebo que foi tudo em vão
E que o meu pobre coração
Te mantém  escondida
Cada vez mais viva
Em um cantinho de sua memória.

Acontece que eu estou cansado
Deste seu jeitinho de me fazer drama
Sei que não sente mais nada
E vive a fingir que ainda me ama
Querendo me dar o que você não tem.
Eu estou cansando
De ser o mocinho deste amor bandido
De ser a verdade deste amor fingido
De quem finge que ama
E não ama ninguém.



Francis Gomes

terça-feira, 26 de abril de 2016

O CONVERSAR DOS SERES


Numa noite escura, de tristeza imensa,
O vento uivava em minha janela,
O céu coberto com uma nuvem densa,
Não me trazia o vento uma notícia dela.
Numa noite escura, de tristeza imensa.

Olhei o céu, mas não tinha estrelas,
Uma nuvem negra tirava a visão,
Mesmo que tivesse, não podia vê-las,
Uma dor cegava-me, e na escuridão,
Olhei o céu, mas não tinha estrelas.

Perguntei ao vento cavaleiro errante...
Tu, que no espaço vive a cavalgar,
Tu que és um eterno viajante,
Viste meu amor em algum lugar?
Perguntei ao vento cavaleiro errante.

Respondeu-me ele com palavras duras:
-Sou eu por ventura mensageiro teu?
-Já não basta a ordem, do Deus das alturas?
-Que me faz soprar até quem morreu
Respondeu-me o vento com palavras duras.

No passar da noite, com a aurora vinda,
Eu fiquei ouvindo o conversar dos seres:
Murmurava a relva: - não tem sol ainda?
Respondia a flor: - Tu não podes ver?
No passar da noite, com a aurora vinda.

Suplicava as trevas: - noite não vá
Festejava as rosas:- o sol esta vindo
Falava o escuro: - eu irei voltar
Gorjeava os pássaros: - como o dia é lindo!
Suplicava as trevas: - noite não vá

Quando a brisa mansa soprou sobre a terra,
E eu vi nos seres aquela alegria,
Quando o sol surgiu por detrás da serra,
Aquela tristeza de mim também fugia,
Quando a brisa mansa soprou sobre a terra.
O meu coração muito se alegrou,
De maneira como, não se alegrara dantes,
Vendo as maravilhas que o Senhor criou,
De uma forma que eu nunca vira antes.
O meu coração muito se alegrou.

Ouvindo assim o conversar dos seres,
Numa noite escura e ao romper da aurora,
Perguntou-me a luz: - Para que sofreres
Se até mesmo as trevas muitas vezes chora?
Ouvindo assim o conversar dos seres.

Francis Gomes


segunda-feira, 25 de abril de 2016

Repetições do passado



Que vida é esta que nós vivemos agora?
Tudo não passa de um replay do passado
Ninguém não sabe quem é preso quem é livre,
E muito menos se é solteiro ou casado.

Se tem alguém ou se  está sozinho
Para seguir trilhando esta longa estrada
Onde há momentos que a vida vale muito
E muitos outros que ela não vale nada.

E nesta estrada, o tempo voa, a vida passa,
Como um avião em alta velocidade
E nós paraplégicos, vendo vultos da vida,
Passar levando junto à felicidade

Não sabemos se a vida não nos aceita
Ou somos nós que não aceitamos a vida
Mas a vida tornou-se um mausoléu
E o mundo um labirinto sem saída.

É como um filme que alguém aperta pausa
O tempo passa, e ele fica parado.
Anos depois outro vem e aperta o play
Pra ver de novo o velho filme do passado

E assim somos protagonistas de uma história
Repetições de vidas sem legenda,
Onde o autor pensou em um conto de fada
E o roteirista simplesmente em uma lenda.

Tudo que existe, já existiu um dia,
E o que vivemos, em outras vidas viveram sim,
A mesma história contada de varias formas
Muda os personagens, mas não muda o fim.



Francis Gomes

A mulher que dava mas não vendia


Jocicleia sempre foi uma moça recalcada,
De família simples, humilde e pobre.
Até que conheceu Reginaldo,
Sua vida teve uma reviravolta
Que jamais imaginava.
Um ano e meio depois de estarem juntos
Ela deu pele primeira vez.
É deu, sentiu vontade de dar deu,
Afinal estava dando o que era dela
E ninguém tem nada a ver com isso.
Mas sentiu-se suja,
Enojada pelo o que fez.
Como se além de perder a honra
Perdeste também a dignidade de mulher.
Chorou, sofreu maldisse a vida.
Depois deu outra vez, e mais outra.
As três primeiras vezes foram iguais,
O mesmo sofrimento a mesma dor.
Depois se acostumou dar.
Não sei se dava por prazer,
Mas segundo ela,
Por necessidade e por amor.
Mas não saía dando por ai
A torto e a direito,
Nem para qualquer um.
Escolhia a dedo a quem dava
Tinha lá suas regras.
Não dava para pobre,
Pobre por pobre bastava ela.
Também não dava para vizinhos,
Porque tinha medo de se arrepender.
Queria evitar comentários,
E sempre tem um fuxiqueiro de plantão.
Só dava para quem tinha condições,
De preferência que morasse longe.
Também não vendia, dava,
Porque vender para ela era pecado,
Mas dar, era um ato de amor.
Por isso ela deu durante sua vida inteira,
Enquanto pode dar, deu.
Dava o que era dela,
Por amor e por falta de condições
Dava mas não vendia,
E nunca saiu pelas esquinas
Tentando ganhar alguns trocados.
Nunca deu para vizinhos,
Nem para pobre,
Nunca matou, nem roubou,
Mas deu.
Jocicleia deu e nunca se arrependeu de dar,
Seus filhos para outros criarem.

Francis Gomes

domingo, 24 de abril de 2016

Tentativas

Faz algum tempo, 
Que não te escrevo um poema
Não te mando uma mensagem
E nem ligo pra você.
Mas não foi porque eu te esqueci
Foi uma tentativa sem sucesso
De tentar te esquecer.

Faz algum tempo,
Que eu não ouço sua voz
Que não toco o seu corpo
Que não procuro você,
Mas não foi porque eu te esqueci
Foi mais uma tentativa sem sucesso
De tentar te esquecer

Faz algum tempo,
Que não falo que te amo
Que aos pouco estou tentando
Afastar-me de você.
Mas não foi porque eu te esqueci
Foram apenas tentativas sem sucesso
Pra descobrir, que não consigo te esquecer.

Francis Gomes


sexta-feira, 22 de abril de 2016

Só Deus explica

Eu sei que Deus é perfeito
Em tudo que Ele faz
Mas tem mulher que parece
Se é que isso é capaz
Que Ele passa do ponto
E faz perfeita de mais

A gente olha e não sabe
De onde vem tanta beleza
Quanto mais a gente olha
Mais gera uma incerteza
Se aquilo é perfeição
Ou perversão da natureza

Você tem este brilho natural
Algo que só Deus explica
Sem maquiagem nem usar pintura
Quanto mais simples mais bonita fica

Você é uma joia por Deus lapidada
Você tem de Deus um perfeito toque
Obra perfeita dos pés aos cabelos
Pra não precisar de fazer retoque


Francis Gomes

quinta-feira, 21 de abril de 2016

A devassa



Ela é suja, muito suja
É como a torre de Babel
E para quem não sabe
Ela é mulher da Acabe
A profana Jezabel

Ela é desejada, cobiçada
Por ela há quem mate e morra.
Cheia de muitos enfeites
Pratica os pecados e deleites
De Sodoma e Gomorra

Ela é tão devassa
Que às vezes provoca insônia,
Corrompe ricos e pobres
Transforma cidades nobres
Na antiga Babilônia.

Ela seduz e induz
A uma ganância constante,
Mulher que não tem marido
De amor pouco e fingido
Porém de muitos amantes.

Ela é sem escrúpulo
Daquelas que mente e trai,
Escolhe casar com o filho
Depois sai fora do trilho
E fica amante do pai.

Por onde a devassa passa
Ela destrói a família,
Se espalhou por todo canto
Mas onde mora e faz ponto
É na esplanada em Brasília.






Francis Gomes

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Papo reto sobre o IMPEACHMENT


Não podeis da pátria filhos,
nem verás contente a mãe gentil
Brava gente brasileira
Perto está  o agressor viril
As terríveis ímpias falanges
De face  dura e hostil
Feriram o peito e a alma
Com ira e astúcias mil
Com suas infâmias e grilhões
Zombam  dos guerreiros do Brasil

Eu não podeira ficar calado. Não seria poeta, nem o patriota que digo que sou. Não seria o nordestino de que sinto orgulho de ser.
Não teria outra forma se começar este texto se não por este poema.  Ao ver muitos deputados eleitos pelo voto popular na votação do Impeachment  da presidente Dilma Rousseff falando, por sinal a única verdade que foi mencionada por todos que votaram SIM.
EM NOME DE MINHA FILHA, MEU FILHO, MINHA ESPOSA,  MÃE. EM NOME DO MEU BRASIL.
Isso sim era verdade. Porque fizeram aquilo não pela nação brasileira, não pelos filhos do Brasil, mas sim, pelos filhos deles  por seus familiares e pelo o Brasil deles.
Porque Brasil deles não é o nosso Brasil. O Brasil deles é um Brasil onde somente os filhos deles tem direito a estudar em uma faculdade. Um Brasil em que somente seus filhos  suas esposas e familiares tem direito a comprar um carro, um celular de última geração, um computador, notebook  enfim um Brasil como falou o imbecil de um jornalista e comentarista de Santa Catarina:  QUALQUER MISERÁVEL PODE COMPRAR UM CARRO, E AFIRMOU, ISSO É CULPA DO LULA QUE POPULARIZOU O AUTOMÓVEL. AGORA QUALQUER MISERÁVEL TEM UM CARRO.
Então, este é o Brasil que eles bem falaram, PELO MEU BRASIL, um Brasil onde o pobre tem que continuar miserável e rico cada vez mais rico. Um Brasil onde o nordestino, o preto, o pobre os favelados não podem deixar se ser escravos dos ricos. Assim como a casa grande nunca gostou quando nossos irmãos escravos faziam festas, continuam esbravejando quando a senzala deixa de ser senzala para ser muito mias que um Quilombo.

Então Meu Brasil, por que será,
Que você é deste jeito?
Tudo existe de bom,
Só os ricos têm direitos
A uns tratamentos nobre
Enquanto trata teus pobres
Sem carinho, sem respeito.

Desperta pátria criança
De céu azul como anil.
Acorda pequeno jovem
De coração varonil.
Traz a bandeira no peito
Vem defender seus direitos
Nas ruas do meu Brasil.

Esqueça que você é,
Uma pessoa gentil.
Vem mostrar para o mundo
A tua face hostil,
Vem proclamar a verdade
Desmascarar os covardes
Políticos do meu Brasil

Sim. Desmascarar  os covardes e corruptos políticos, defender nosso Brasil, porque eles defenderam e sempre defenderam o Brasil que eles querem, não o Brasil que queremos e precisamos.
Então acorda Brasileiros  vamos defender o Brasil de nosso filhos o nosso Brasil.

Francis Gomes





segunda-feira, 11 de abril de 2016

Mundo cheio, homens vazios


O mundo esta cheio
De homens vazios
De olhos abertos
E mentes fechadas
Vivos guiados
Pelos passos da morte
Trilhando caminhos
Que levam a nada

O mundo está cheio
De homens vazios
De sorrisos tristes
E choro sem lágrimas
Corações pulsando
Em corpos sem vidas
Ricos de espíritos
E pobres de alma



Francis Gomes

Eu queria ser um pássaro e não um homem



Eu queria ser um pássaro e não um homem,
Para voar sobre as matas verdes do Brasil,
Pousar nas nuvens que no horizonte somem,
E não pisar neste solo tão hostil.

Esta terra outrora tão cobiçada!
Já não é mais fértil com era antigamente,
Pois a terra  hoje está contaminada,
Ensopada de tanto sangue inocente.

Nossos rios são artérias entupidas,
Cachoeiras; corações que não mais pulsam!
Suas águas estão todas poluídas,
Nos seus leitos lixo podre é o que flutua.

O mar bravo se levanta em tsuname.
A terra geme, grita e treme de tanta dor,
E o culpado de tudo isso é o homem,
Que rouba, mata e destroe tudo que Deus criou.

Eu queria ser um pássaro e não um homem,
Pra fazer meu ninho em copas de árvores belas,
E não sentir a vergonha de passar fome,
Nem morar nos barracos das favelas.

Para não ver crianças cheirando cola,
Ou morrendo nas filas dos hospitais,
Se for pra ver crianças pedindo esmola,
Melhor viver no reino dos animais.

Mesmo correndo o risco de ser capturado
Ou até mesmo morto por um caçador infame,
Eu digo, apesar de nem tudo esta perdido,
Eu queria ser um pássaro e não um homem.





Francis Gomes

sábado, 9 de abril de 2016

A cada novo dia

Adaptação do poema, despontar de um novo ano de Francis Gomes




Sempre que um novo dia despontar,
Em si cada ser humano deve buscar
Um espírito novo, um novo ser.
Mais sensato mais amoroso
Menos egoísta menos rancoroso
Capaz de se renovar e renascer.

Como a árvore morta no deserto
Mas quando as águas chegam perto,
Brota, floresce e gera frutos.
Para se fortalecer nas dificuldades
E nos momentos de adversidades
Deus o conceder novos atributos.

E nas batalhas se esforçar mais
Na tristeza, na alegria, paz
Não se esquecer de lembrar de Deus.
E Ele escute o seu clamor,
Quando sentir falta de amor
Ele nos envie um dos anjos seus.

Quando o novo dia despontar
E na doce aurora o sol brilhar,
Possa dar um passo à frente.
Seja o mesmo ser renovado,
Mais completo aprimorado,
Modificado sem ser diferente.

Mude somente o primordial.
Sem deixar de ser original
Mude de nota, sem sair do tom.
Sempre dando um passo avante
Porque é muito bom ser importante
Mas mais importante é ser bom.


Francis Gomes

Saudade



Não existe uma grandeza
Pra se calcular saudade
Tamanho, volume, peso,
Altura profundidade
Largura e comprimento
E nem mesmo viscosidade
Mas a que sinto é de um jeito
Que falta espaço no peito
Pra caber tanta saudade

Saudade é um produto
Sem prazo de validade
Quando mais o tempo passa
Aumenta a capacidade
Que ela tem de ser forte
E sua agressividade
De machucar com constância
E quanto maior à distância
Também maior a saudade

Francis Gomes 

domingo, 3 de abril de 2016

Literatura das Bordas palestra, Espetáculo chega a Farias Brito- CE.


                                                         Sacolinha e Francis Gomes


Estou de volta pátria amada, meu berço materno. Retorno como, como o pássaro ao antigo ninho, como um filho que volta ao aconchego da mãe. Desta vez vos levo um amigo, um irmão um patriota e guerreiro como eu, o escritor, Ademiro Alves, Sacolinha. Espero que com o mesmo carinho e amor com que tem me recebido possa recebê-lo também. Para que ele prove do vosso calor materno, do aconchego de vosso acolhimento e deguste um pouco de vossa alegria de receber bem os que vos visita.
Farias Brito terra querida, do velho Contino, da coluna do relógio da praça, meu Cariús. Este teu filho que está ausente há tanto tempo, faz questão de carregar-te no coração e cantar teus filhos, seus costumes, tuas lutas e conquistas.
Sou uma árvore e minhas raízes estão fixadas em tuas terras e por mais que eu cresça o sabor dos meus frutos fará aos provarem conhecer e sentir o paladar de tua terra.
Sou livre para voar
e cantar a terra e o povo que eu quiser,
Mas volto por amor a ti,
 ao nosso povo, nossa cultura.
E de todas as terras que conheci,
e foram muitas,
Terras lindas e de pessoas belas!
Mas nenhuma tem o teu encanto,
A tua magia.
Por isso te canto
Em meus versos

Na minha poesia.

sábado, 2 de abril de 2016

A palavra



Todas as vezes que usamos a palavra
É necessário está atento e ter cuidado
Da maneira que vamos nos expressar
E como nós seremos interpretados

Porque a palavra ela pode machucar
Quando falada em tempo e de forma errada
Pode cortar muito mais do que navalha
E ferir muito mais que uma espada

A palavra é uma arma poderosa
Porém depende de como ela é usada
Pela palavra Cristo pregou a paz ao mundo
E muitas guerras por ela foram deflagradas

Jesus Cristo com o uso da palavra
Trouxe ao mundo, paz, amor e salvação.
Mas tem pessoas que por não saber usar
Incita a ira, guerra e destruição.

Mas a palavra ela pode emocionar
Roubar sorrisos, furtar lágrimas trazer paz,
Pra quem sabe o tempo e a forma certa de usar
A palavra é uma arma  eficaz

Eficaz para o bem e para o mal
Eficaz para salvar e destruir
Então use pra fazer o bem ao próximo
Pra emocionar, trazer paz e fazer ri.


Francis Gomes