POETA FRANCIS GOMES

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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Escravidão moderna




Me digam , me digam o que mudou
Depois que a princesa Isabel assinou
Aquela fajuta lei de liberdade?
Mudou, os fazendeiros e capitães do mato
Os navios negreiros estão nos trilhos e no asfalto
E as senzalas invadiram a cidade

Trens e ônibus lotados a circular
Com escravos brancos e negros para trabalhar
Pela mesmo sonho de liberdade que não vem
E assim como no passado
Muitos dos irmãos escravizados
Escravizam o próprio irmão também

A única coisa que realmente mudou
É que a escravidão se modernizou.
As senzalas, os escravos os senhores.
A casa grande: edifícios, condomínios mansões,
Senzalas: cortiços, favelas, ocupações
Mas não houve alterações dos valores.

Continuamos escravos isto é fato
Perseguidos por senhores e capitães do mato
Lobos raivosos por nossa captura
Mas assim como nosso ancestrais
Só nos resta lutar cada vez mais
Até quebrarmos os grilhões da escravatura.


Francis Gomes

Exata sem exatidão




Por mais que a matemática seja exata 
No estudo da numerologia 
A física a química tente explicar 
Por intermédio da biologia 
A ciência não consegue desvendar 
Nem a matemática consegue calcular 
Quanto o amor cresce ou diminui por dia 

A física com suas teorias 
Sobre peso, massa e calor 
Não explica o peso da paixão 
Nem tão pouco a massa do amor 
Até entra em contradição 
Sobre o ponto de ebulição 
E também o grau do seu fulgor 

Nem exatas nem humanas 
Com toda sua teoria 
Explicam o corpo humano 
Por meio da geografia 
Suas áreas geométricas 
Simétricas e assimétricas 
Mistérios da anatomia 

O peito se torna pequeno 
Para um coração grande de mais 
Que quando se apaixona 
Assume formas anormais 
Por mais que seja um corpaço 
Ainda falta espaço 
Quando se ama de mais. 


Francis Gomes 

domingo, 7 de outubro de 2018

Nordestino


Eu falo para este tipo de gente
Que não tem classe, nem porte
Mais triste que a própria morte
Rude intolerante inconsequente
Sem espírito coração nem mente.
Nestes versos eu vos previno
Imagine pense no seu destino
Mas se caso puder me conteste
Imagine o Brasil sem o nordeste
Como seria se não fosse o nordestino?

O que seria de São Paulo, Rio de janeiro
Rio Grande do sul, Curitiba, Paraná
Santa Catarina, Florianópolis sei lá
Minas, o sudeste o sul inteiro
Sem este povo bravo guerreiro
Este povo trabalhador matutino
Que você chamam de clandestino
Mas pensem você do sul e sudeste
Imaginem o Brasil sem o nordeste
Como seria se não fosse o nordestino?

Quem teria construído vosso conforto
As tubulações de gás os dutos
As pontes, as escolas os viadutos
Igrejas, faculdades, os aeroportos
As estações de trens, metrô os portos
Me digam qual seria o destino
De você que é sulino ou sudestino
Seu preconceituoso da peste
Imagine o Brasil sem o nordeste
Como seria se não fosse o nordestino?

Pare de falar tanta heresia
Engula seu preconceito fascista
Por mais que não queira admita
Sem nós você nem se quer existia
Então pense imagine como seria
Grande e grosseiro o desatino
De você preconceituoso sem tino,
Mas se caso puder me conteste
Imagine o Brasil sem o nordeste
Como seria se não fosse o nordestino

Francis Gomes