POETA FRANCIS GOMES

POETA FRANCIS GOMES

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domingo, 30 de outubro de 2016

Quem te falou que é feio homem chorar?


Dizem que homem não chora.
Que papo é este irmão que inventou?
Deus chorou em lugares ocultos
Quando Israel seu povo lhe abandonou
E profetizando contra Jerusalém
Jesus Cristo o filho de Deus também
Naquele instante aí, também chorou.

Só quem nunca precisou dizer adeus
Nunca partiu nem viu alguém partir
Nunca sofreu por amar sem ser amado
Nunca sentiu a morte lhe ferir
Esta dor que dói até na alma,
Não sabe o peso de uma lágrima.
Ninguém segura quando ela quer sair.

Não tem peso mais pesado que uma lágrima
Não tem olho que consiga segurar
Não há grades que a impeça de sair
Nem cadeado que possa lhe trancar
Se Deus chorou, Jesus Cristo, o mundo inteiro,
Então reveja seus conceitos meu parceiro,
Quem te falou que é feio homem chorar?



Francis Gomes

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Agradecimento



Obrigado amigos e amigas
Que lembraram de não me esquecer
Que lembraram de lembra de mim
Com tantas coisas que que vocês tem para fazer
As palavras, as mensagens o carinho
Servem de luz para o meu caminho
E são orvalho para me fazer crescer.

Vos confesso amigos e amigas
Que este poeta que também outrora
Rouba sorrisos, furta lágrimas, emociona
Lendo as vossas mensagens agora
Sentindo-me abraçado em cada abraço
Os meus olhos ficam num embaraço
Acreditem: palhaço e poeta também chora.

Mais uma vez eu digo obrigado,
Mais uma vez eu quero agradecer
A cada um que lembrou de mim
Que lembrou de não me esquecer
Que Deus vossa justiça vos aplique
Nossa amizade e nosso amor se multiplique
Cada vez mais a cada alvorecer.


Francis Gomes

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Culpa



Te olhar como eu te olho é proibido
Te querer como eu te quero é um pecado
Mas que culpa tenho eu de te amar?
E que regras não quebra um apaixonado?

Eu não tenho culpa em te amar tanto
Nem de sentir este desejo que não finda
Você também não é culpada meu amor
A culpa é de quem te fez assim tão linda!

Ninguém tem culpa dos seus sentimentos
E nem escolhe como quer nascer
Não fui eu que escolhi te amar tanto
E nem você escolheu me ver sofrer.

Então te olhar não devia ser proibido
E te querer assim não podia ser pecado
Você não tem culpa de ser linda
E nem eu de está apaixonado.


Francis Gomes

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O verdadeiro amor


O verdadeiro amor,
Não é o que aceita a pessoa como ela é
Nem o que faz tudo o que a outra quer
Porque amar, não é ser submisso.
O verdadeiro amor,
Não é aquele que trás apenas paz
Mas aquele no dia a dia faz
Mudar sem ser por compromisso.
O verdadeiro amor,
Não é aquele que segue séries
Mas se modifica para vencer as intempéries
Sem perder sua forma original.
O verdadeiro amor,
Não apaga o que viveu outrora
Porém é semelhante à aurora
Diferente só pra ser normal.
O verdadeiro amor,
Não é aquele que trás comodidade
Mas, o que todo dia trás uma novidade.
Sendo o mesmo de um novo jeito.
O verdadeiro amor,
É o que faz um ao outro reciclar
Ser novo sem modificar
Ser diferente só pra ser perfeito.

Francis Gomes

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Neste mundo machista o exame da próstata é uma decisão difícil

A decisão



Tudo teve inicio quando comecei sentindo algumas dores abdominais, parecia coisa corriqueira do dia a dia, mas foi piorando e mesmo contra minha vontade fui ao médico.  Quase dois meses para conseguir uma vaga no posto perto de minha casa.
 Tinha dias que eu mal conseguia andar, uma dor no pé da barriga, que Deus me livre, e para urinar, era contando as gotas, doía e queimava que parecia sair fogo. Quanto relatei a situação ao doutor ele foi categórico, disse que eu precisava fazer um exame, o mais breve possível, poderia ser naquele dia mesmo.  Ao ouvir qual seria subiu um formigamento dos pés à cabeça, tremi de medo e vergonha. Me torci para lá para cá perguntei se não podia fazer outro dia.
- Sim pode, mas quero que o senhor saiba vai ter que fazer e quanto antes melhor.
Fiquei mais um mês tentando criar coragem para fazer o maldito exame.  Mas não foi fácil, além de evitar a mulher porque a coisa não funcionava mais direito suava frio toda vez que ia ao banheiro.
Eu sentia vergonha até em pensar. Imaginando o constrangimento perdia o sono, sentia calor, ficava sem jeito de olhar para qualquer pessoa. Parecia que todo mundo sabia o que eu precisava fazer, era uma verdadeira tortura.
A gente faz piada, brinca com a desgraça dos outros, mas quando é com a gente vou falar não é brinquedo não.
Eu não falei nem para a mulher deste exame, Deus me livre. Imagina se ela falasse para as colegas, toda vez que alguma fosse lá em casa ia ficar me olhando meio tordo, rindo de mim, depois falando para os maridos, e os maridos falando para os colegas e os colegas para outros colegas assim todo mundo sabendo e todos rindo de mim por onde quer que passasse. Os vizinhos esperando para me ver chegar em casa, bisbilhotando pelas janelas para zombar de mim, e no meu trabalho, já pensou o falatório que seria? credo em cruz Deus me livre.
Na rua todos me olhando com rabo de olho e falando: 
- olha o esfolado passando. Me arrepiava só em pensar. Ou os engraçadinhos dos meus colegas:
 - e o dedo era grande? Fala ai doeu ou você gostou? 
Pronto à merda tava feita, porque não sou de levar desaforo para casa, por isso não contei a ninguém.
 Só me esquivando para não fazer. Mas quando a gente pensa no esqueleto de roupa preta com uma foice na mão, cria coragem, pelo menos no momento. Apesar das brincadeiras sem graça, as coisas que escutava, e o machismo, cheguei à conclusão de que não tinha saída, precisava fazer o dito cujo.
 Mas quando pensava em tudo que eu ouvia sobre o assunto.
 O que era mentira ou verdade? Nos últimos noites nem dormia mais, quando ia pegando no sono, acordava vendo aquele dedão vindo em minha direção, pulava da cama todo suado e gritando, aqui não doutor.
A mulher acordava apavorada falando:
- Tá doido homem de Deus que diabo tu tem?
Nada não mulher vai dormir. Foi só um sonho ruim.
Mas não tinha jeito.  Este tal exame do toque era a onda do momento só se falava nisso. Uns dizia que não doía e que a gente ficava sozinho com o médico na sala. Já outros que doía pra caramba, e além do doutor ficavam duas enfermeiras para auxiliá-lo. E as posições hein? E as posições! Alguns diziam que ficava de quatro com as mãos em cima da cama. Outros que era deitado de ladinho.  O médico colocava uma luva, passava um creme lubrificante e com uma conversinha mole de que não ia doer nada era rapidinho, abria bem o negócio, e tome. Ia ao céu e voltava, ou melhor, ao inferno. Em fim relatos de todo jeito eu ouvia. 
Certo dia escutei um camarada falando que tinha visto uns vídeos na internet mostrando como era feito o tal e comentou:
- Bicho feio, coisa macabra. 
Pensei comigo vou nada, o diabo é quem vai não eu. Mas isso é igual dente furado, a gente tenta preservar, mas quando a o danado dói, a vontade é de arrancar na hora.
Pois bem, a mulher inventou de ir à casa da mãe dela, aproveitei e fui fuçar na internet para ver se encontrava alguma coisa. Pois não é que eu encontrei vários vídeos mesmo!
Virgem Maria, mas quando eu vi aquilo, aquelas bundas brancas empinadas, meio que de quatro, outros deitado de ladinho e o médico metendo o dedo sem dó girando 360º graus, e o cabra se torcendo todo não sei se de vergonha ou de dor. Alguns fechavam os olhos, outro arregalava, trincava os dentes, mordia os beiços. Eu pensei, to fora, não vou fazer isso, mas nem por decreto do papa.
Decisão tomada, ninguém sabia nada nem precisava saber, se a coisa piorasse eu voltava ao médico. Me lasquei, no mesmo dia, comecei sentir dores terríveis, tive que ir.
Cheguei atrasado de propósito pensado: ora chego atrasado não tem mais ninguém, entro resolvo isso de uma vez e seja o que Deus quiser. Me danei todinho, o infeliz do doutor tinha atrasado também.
Contei umas dez pessoas. Pensei, será que todos estes vão fazer?  Cheguei meio esbaforido, vermelho como um pimentão, o sangue parecia ferver, quase que eu voltava para trás, mas não dava mais.
Parecia que todos me olhavam e pensando a mesma coisa, é mais um para levar dedada. Sentei de cabeça baixa sem falar com ninguém de tanta vergonha.
Começou chamando: senhor fulano, senhor beltrano, chegou sua vez.
Sentia umas pontadas no pé da barriga, além da dor, medo, ansiedade, vendo meu orgulho de macho intocável a pouco de chegar ao fim. Eu levantava, sentava, tomava água sabendo que minha vez estava chegando. Eu sabia que todo mundo percebia meu nervosismo. Para piorar, a atendente falou:
-Senhor António Jerônimo o senhor está sentindo alguma coisa? De cabeça baixa disse, não senhora estou bem.
- Tem certeza? Sim senhora
-Se acalme o senhor parece está muito nervoso, tudo vai correr bem.
Pensei, fala isso porque não vai ser no seu que vai entrar um dedo sabe-se lá Deus o tamanho e como.
Os que saiam da sala do doutor aumentavam minha agonia, fazendo uma cara de quem tava morrendo de dor de barriga e desesperado para ir ao banheiro.  A maioria saia deste jeito.
Faltava apenas três. Me passou pela cabeça uma ideia maluca. Se pelo menos fosse uma doutora quem sabe seria melhor, ela poderia ser mais delicada, afinal toda mulher costuma ser.  O dedo seria mais fino. 
Mas também me ocorria outra preocupação, a unha. Sim, a unha. Quem não conhece uma mulher que tenha unhas grandes. Tem a luva eu sei, mas e se rasgar. Já nem sabia o que seria pior.  E se ela resolvesse se vingar de alguma coisa logo em mim, já pensou, e não seria difícil não do jeito que a coisa anda. Se o marido tivesse traído ela, e descontasse tudo na minha pessoa, coitado de mim pagaria o pato sem culpa nenhuma.
De repente, aquela voz tenebrosa: 
Senhor António, por favor, pode entrar.   Arrepiou até a alma. De cabeça baixa, ouvir uma voz feminina falar: senhor entre na sala a sua direita, tire a roupa e ponha este avental, o médico já vem lhe examinar.
 Mal coloquei aquele avental azul o médico chegou:
- Está pronto Senhor António?  Cabisbaixo balancei a cabeça  afirmando que sim.
Ponha suas mãos em cima da cama, empine um pouco as nádegas, e relaxe não vai doer nada.  Durará apenas entre quinze e vinte segundos. Vou utilizar este gel para que o senhor não sinta dor, não vai nem perceber, quando ver já foi. Fechei os olhos trinquei os dentes e senti aquele dedo grosso entrando em mim, torcendo para um lado para o outro. Mas doeu, doeu muito, cheguei ver estrelas.
Pronto. O  pode colocar sua roupa. O senhor, por favor, aguarde um pouco lá fora e já lhe dou o diagnóstico. Saí da li cego de vergonha nem quis saber do resultado e nunca mais voltei lá.
Por causa desta decisão, esta atitude impensada, do meu orgulho e machismo é que hoje, um ano e meio depois estou aqui entre amigos e parênteses, narrando-vos esta história deitado neste caixão frio, sem dor, sem orgulho, sem vida. 




Francis Gomes


Um cordel dedicado as crianças

Juquinha, um menino diferente


Juquinha era um menino
Diferente dos demais
Às vezes fazia coisa
Que gente adulta não faz
Era muito inteligente
Por ser assim diferente
Era o orgulho dos pais

 Coisa que acontece
E ninguém sabe o motivo
Juquinha ele nasceu
Com um problema auditivo
Mas Juquinha deste jeito
Driblava o preconceito
Por ser um menino ativo

 Por este motivo ele 
Usava um aparelhinho
No seu ouvido esquerdo
Para ele ouvir direitinho
Isso não lhe incomodava
E nem ninguém caçoava
Porque ele era bonzinho

 O garoto era esperto
Que dava gosto de ver
Aos cinco anos de vida
Sabia ler e escrever
Vivia sempre contente
Alegre e sorridente
Tinha prazer em viver
   
Aprendeu a fazer conta
De somar de dividir
Também de multiplicar
Até de subtrair
Tudo que ele via
Juquinha pegava e lia
Mesmo sem ninguém pedir

E com o passar do tempo 
O Juquinha foi crescendo
Obediente aos pais
E todo mundo dizendo
-Este menino é esperto
Se crescer assim por certo
Vai ser um homem estupendo

Respeitava os mais velhos
Era um garoto educado
Por todos seus coleguinhas
Juquinha era estimado
Brincava com todo mundo
Tinha um carinho profundo
Por quem vivia ao seu lado

 Por onde ele passava
Falava com alegria
Se à tarde: boa tarde.
Se pela manhã: bom dia.
Se lhe fizesse um favor
Juquinha com muito amor
-Muito obrigado: dizia.

Quando ele ia dormir
Em sua cama sentava
Tinha vezes que Juquinha 
Até se ajoelhava
E naquela inocência
Com muita benevolência
Com papai do céu falava:
  
- Papai do céu mamãe disse
Que o Senhor é meu amigo
Que manda um anjo da guarda
Pra ficar sempre comigo
Para me proteger
E me ajudar a fazer
As coisas que eu não consigo

 É o senhor que protege
Todas as criancinhas
As que o pai tem dinheiro 
E também as pobrezinhas
Por isso peço ao senhor
Proteja com muito amor 
Eu e meus coleguinhas

 Que o senhor me ajude
Ser um menino legal
Que eu faça só coisas boas
E eu nunca faça o mal
Também que eu não adoeça
E papai Noel não esqueça
Meu presente de natal
  
Aqui termina esta história
Deste meu coleguinha
Garoto bom e esperto
Só fazia o que convinha
Quem sabe em outra vez
Eu conto para vocês
Outra história de Juquinha


Francis Gomes

sábado, 8 de outubro de 2016

Orgulho nordestino



Assim como o negro,
O gordo o magro
Sofrem preconceito
Neste mundo atrasado
Os nordestinos,
Este povo valente
Também igualmente 
São descriminados.

Eu sou um poeta
Destas mesmas lavras
E nas minhas palavras
Muitos viajam, 
Não minto e nem nego
Este é meu destino
Eu sou nordestino
E não importa o que acham.

Não importa o que falam
O que digam o que pensem
Eles que repensem
No que vão dizer.
Eu sou nordestino
Achem ruim ou bom
Falo alto e em bom tom
E me orgulho de ser.

Francis Gomes

A cor de minha pele


Minha pele não é branca, 
Não é preta, nem amarela 
Minha pele tem a cor do meu povo
Do meu estado
Da minha terra,
De minha cidade
Do meu rio
Do meu açude
Da minha roça
Do colégio onde estudei
Das veredas que pisei.
A cor da minha pele não está 
Descrita em meus documentos,
Ela está cravada no meu coração,
No orgulho que sinto de ser nordestino
Cearense,
Fariasbritense.
Minha pele tem a cor do meu amor.
Minha pele sem dúvida nenhuma
Tem a cor do sertão.
Queimada do sol
Banhada pela lua
Soprada pelo vento agreste.
Ela tem uma cor especial.
E sinto orgulho em dizer:
Minha pele é nordestina.
Francis Gomes

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Da mureta do pontal




São tantos anos distante
De minha terra natal
Que olhando assim do alto
Da mureta do pontal
Eu nem posso acreditar
Que eu estou a contemplar
Este berço colossal

Com os olhos cheios de lágrimas
A meditar eu me ponho
Será que é mesmo verdade
O momento que disponho
Poder matar a saudade
É tanta felicidade
Que penso até ser um sonho

Pois viver assim distante
Dos parentes e dos pais
As vezes a gente pensa
Que não voltará ver mais
Os amigos mais antigos
Também os novos amigos
Que as vezes a gente faz

Então sofre antecipado
A partida antes de ir
Vendo os amigos sorrindo
Também se obriga sorrir
Mesmo por dentro chorando
Vendo se aproximando
O momento de parti

E estes novos amigos
Que Deus nos da de presente
Aumentarão a saudade
Que tanto machuca a gente
Mas serão um incentivo
E também mais um motivo
Para voltar novamente

E mesmo a gente sabendo
Que tudo pode mudar
Tem esperança que eles
Estejam a nos esperar
Para matar a saudade
Brindar felicidade
De de novo se encontrar

Francis Gomes

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Seja rosa o ano inteiro e não apenas outubro



Ame a se mesma mulher


Por falta de tempo, vergonha,
Por timidez ou por medo
Não deixe de fazer o exame
É fácil não tem segredo
Se acaricie se toque
Use as mãos e os dedos,
Feliz quem vive brincando
Mas a vida não é brinquedo
Falo por amor não por crítica
Não entre na estatística 
Daquelas que vão mais cedo

Mulher o amor verdadeiro
É aquele que não tem drama,
Na rua, no trabalho em casa
Na intimidade, na cama.
É aquele que espontaneamente
Para você mesma declama,
Não tenha medo se toque
Prove que você mesma se ama.
Ame com fervor, com alegria,
Ame você mesma a família
Faça o exame da mama.


Francis Gomes

domingo, 2 de outubro de 2016

Fazer valer à pena

Ame o máximo que for capaz
Odei o mínimo que for possível,
Acredite naquilo que é papável
Mas creia também no invisível.
Ame, viva, seja feliz
Tenha esperança não perca o ânimo
Projete o futuro não tenha medo
Mas viva cada momento como se fosse o último.
Sorria sempre que lhe convém
Não esconda suas emoções
Mas se sentir vontade chore também
Faz parte da vida decepções
Abrace, beije faça um carinho
Fale: eu te amo se achar por bem.
Não ponha regras nos seus sentimentos
Se emocione e emocione alguém.
Roube um sorriso, furte uma lágrima
Viva muito, a vida é pequena,
Não importa os anos que viverá
Mas os que viver faça valer à pena.

Francis Gomes


sábado, 1 de outubro de 2016

Algo Fora do normal



A vida sem você não tem sentido
É como um bonito livro
Sem a página principal
Como arco íris se cores
Primavera sem ter flores
Algo fora do normal

É como um verão que não tem sol
Entardecer sem arrebol
Como a noite sem luar
Como estrela que não tem brilho
Como um trem fora do trilho
Sem estação para parar

Como um barco sem comandante
Como um carro sem volante
Que não da para guiar
É assim minha vida sem você
Algo que não pode ser
Tudo fora de lugar

Me ensina a viver sem teu amor
Já que um dia me ensinou
A viver só pra te amar
Diz o que é que vou fazer
Para viver sem você
E por as coisas no lugar










Francis Gomes

Declaração Silenciosa


Há tantas coisas que eu queria te falar
E muitas outras que eu gostaria de ouvir
Mas com palavras não consigo explicar
Tudo o que você me faz sentir

É por isso que às vezes eu me calo
E sem palavras em silêncio te declamo
Todas as vezes que te olho e nada falo
Significa que estou dizendo: te amo.


Francis Gomes