POETA FRANCIS GOMES

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sábado, 23 de dezembro de 2017

O natal nosso de cada dia



Eu sei que é muito bom
Dar e receber presente
É muito bom saber que tem gente
Que não esquece da gente
Mas neste poema lembro
Não espere para dezembro
Para você estar presente

Então ame sem data marcada
Começado por janeiro
Se atrasar um pouquinho
Comece em fevereiro
Ame com alegria
Se possível todo dia
E também o ano inteiro

Natal é época de sonhos
Paz, união, fazer o bem
Abrir o coração para o amor
Receber e dar presentes também
Tornar momentos tristes em risonhos
Mas melhor que realizar o sonhos
É ser o sonho de alguém

É muito bom, bom de mais
Dar e receber presente
Mas tente um carinho, um beijo
Um eu te amo no abraço quente
E verás que todo dia é natal
E o presente fundamental
É ser e estar presente.


Francis Gomes



terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Sagrado e profano


O sexo tem que ser selvagem
Para presa e o predador.
Sem restrições sem limites
Sem frescura sem pudor
Sacano,  obsceno, profano
Mais sexo menos amor.

Falem com atitudes
E a boca se cale.
Os corpos um para o outro
Seja um poema em braile
Para ser lido com as mãos
E  a língua, os mínimos detalhes.

Que não tenha explicação
Tudo que venham fazer,
Que os corpos tremam
E a alma grite de prazer
Que tira a paz e a lucidez
Façam loucuras sem enlouquecer .

Francis Gomes

sábado, 25 de novembro de 2017

25º cordel do poeta Francis Gones

Em breve novo cordel do poeta Francis Goes Deu mandu no forró, capa do meu amigo Wald Ferreira.



...Oxe mas o que fizeram
Que o cabra ficou tão brabo?
- A miseravi da Carmelita
Que ta com fogo no rabo
Tomou Tonhão a pagode
Foi dançar com Zé Bigode
E o bicho virou do diabo.

 - Um macho daquele tamanho
Que mais parece um touro
Virou a gota serena
Achou que era desaforo
Ta virado na peitica
Descascando oiticica
Ta com o diabo no couro

Ta igual cachorro doido
Espumando sem parar
Soltando folgo das venta
Gritando: eu vou matar.
- Do jeito que ta atacado
Se pega aquele abestado
Só Deus do céu pra salvar...



sábado, 18 de novembro de 2017

Complementos





Por mais que tudo pareça contra
Deus nosso destino escreveu
Você nasceu para ser minha
E eu nasci para ser teu
Até um cego pode ver
A parte que me completa é você
E a parte que te completa sou eu


Eu sou o seu objetivo
E você minha grande meta
O que sobra em ti falta em mim
O que sobra em mim te completa
Você é poesia que escrevo e declamo
Sou seu fã, te admiro, te amo
Como homem e como poeta.


Francis Gomes

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

União dos sonhos




As vezes a gente ilude se ilude
Na ânsia de amar e ser amado
Na busca desta tal felicidade
Sem saber se está certo ou errado
Sofre faz sofrer e nem percebe
Que na vida é dando que se recebe
Quem doma muitas vezes é domado

Mas amar e ser amado não é fácil
Não tem regras, roteiro ou cronograma
O final nem sempre é feliz
A fábula as vezes termina em drama
Neste jogo de vencedor e derrotado
Quem ama nem sempre é amado
E quem é amado nem sempre ama

Mas por mais que pareça absurdo
Predomina o sentimento animal
O amor é mero coadjuvante
O sexo sim, é personagem principal.
O sexo sem amor existe, persiste,resiste
Mas o amor sem sexo desiste
Bem antes do capítulo final.

Mas se por sorte ou destino
Alguém consegue este feito inusitável
De unir o sexo ao amor
É como juntar o útil ao agradável
Aí não importa quem vem antes ou depois
Se alguém conseguir unir os dois
A felicidade é inevitável.



Francis Gomes



quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Prevenir o melhor remédio

A decisão



Tudo teve inicio quando comecei sentindo algumas dores abdominais parecia coisa corriqueira do dia a dia, mas foi piorando e mesmo contra minha vontade fui ao médico.  Quase dois meses para conseguir uma vaga no posto perto de minha casa.
 Tinha dias que eu mal conseguia andar, uma dor no pé da barriga, que Deus me livre, e pra urinar, era contando as gotas doía e queimava que parecia sair fogo. Quanto relatei a situação ao doutor ele foi categórico, disse que eu precisava fazer um exame, o mais breve possível, poderia ser naquele dia mesmo.  Ao ouvir qual seria subiu um formigamento dos pés à cabeça, tremi de medo e vergonha. Me torci pra lá pra cá perguntei se não podia fazer outro dia.
- Sim pode, mas quero que o senhor saiba vai ter que fazer e quanto antes melhor.
Fiquei mais um mês tentando criar coragem para fazer o maldito exame.  Mas não foi fácil não, além de evitar a mulher porque a coisa não funcionava mais direito suava frio toda vez que ia ao banheiro.
Eu sentia vergonha até em pensar. Imaginando o constrangimento perdia o sono, sentia calor, ficava sem jeito de olhar para qualquer pessoa. Parecia que todo mundo sabia o que eu precisava fazer, era uma verdadeira tortura.
A gente faz piada, brinca com a desgraça dos outros, mas quando é com a gente vou falar não é brinquedo não.
Eu não falei nem para a mulher deste exame, Deus me livre. Imagina se ela fala para as colegas, e toda vez que alguma fosse lá em casa ia ficar me olhando meio tordo, rindo de mim, depois falando para os maridos, e os maridos falando para os colegas e os colegas para outros colegas assim todo mundo sabendo e todos rindo de mim por onde quer que passasse. Os vizinhos esperando para me ver chegar em casa, bisbilhotando pelas janelas para zombar de mim e no meu trabalho já pensou o falatório que seria, credo em cruz Deus me livre.
Já pensou na rua todos me olhando com rabo de olho e falando: olha o esfolado passando. Me arrepiava só em pensar. Ou os engraçadinhos dos meus colegas: e o dedo era grande? Fala ai doeu ou você gostou? Pronto à merda tava feita, porque não sou de levar desaforo para casa, por isso não contei a ninguém.
 Só me esquivando pra não fazer. Mas quando a gente pensa no esqueleto de roupa preta com uma foice na mão cria coragem, pelo menos no momento. Apesar das brincadeiras sem graça, as coisas que escutava, e o machismo, cheguei à conclusão que não tinha saída precisava fazer o dito cujo.
 Mas quando pensava em tudo que eu ouvia sobre o assunto.  O que era mentira ou verdade. Nos últimos dias nem dormia mais, quando ia pegando no sono, acordava vendo aquele dedão vido em minha direção, pulava da cama todo suado e gritando, aqui não doutor.
A mulher acordava apavorada falando:
- Tá doido homem de Deus que diabo tu tem?
Nada não mulher vai dormir. Foi só um sonho ruim.
Mas não tinha jeito.  Este tal exame do toque era a onda do momento só se falava nisso. Uns dizia que não doía e que a gente ficava sozinho com o médico na sala. Já outros que doía pra caramba, e além do doutor ficavam duas enfermeiras para auxiliá-lo. E as posições hein? E as posições! Alguns diziam que ficava de quatro com as mãos em cima da cama, outros que era deitado de ladinho.  O médico colocava uma luva, passava um creme lubrificante e com uma conversinha mole de que não ia doer nada era rapidinho, abria bem o negócio, e tome. Ia ao céu e voltava, ou melhor, ao inferno. Em fim relatos de todo jeito eu ouvia. 
Certo dia escutei um camarada falando que tinha visto uns vídeos na internet mostrando como era feito o tal e comentou, Bicho feio, coisa macabra. Pensei comigo vou nada, o diabo é quem vai não eu. Mas isso é igual dente furado, a gente tenta preservar, mas quando a o danado dói, a vontade é de arrancar na hora.
Pois bem, a mulher inventou de ir à casa da mãe dela, aproveitei e fui fuçar na internet para ver se encontrava alguma coisa. Pois não é que eu encontrei vários vídeos mesmo!
Virgem Maria, mas quando eu vi aquilo, aquelas bundas brancas empinadas, meio que de quatro, outros deitado de ladinho e o médico metendo o dedo sem dó girando 360º graus, e o cabra se torcendo todo não sei se de vergonha ou de dor. Alguns fechavam os olhos, outro arregalava, trincava os dentes, mordia os beiços. Eu falei to fora, não vou fazer isso, mas nem por decreto do papa.
Decisão tomada, ninguém sabia nada nem precisava saber, se a coisa piorasse eu voltava ao médico. Me lasquei no mesmo dia, 0comecei sentir dores terríveis, tive que ir.
Cheguei atrasado de propósito pensado: ora chego atrasado não tem mais ninguém, entro resolvo isso de uma vez e seja o que Deus quiser. Me danei todinho, o infeliz do doutor tinha atrasado também.
Contei umas dez pessoas. Pensei, será que todos estes vão fazer?  . Cheguei meio esbaforido, vermelho como um pimentão, o sangue parecia ferver, quase que eu voltava para trás, mas não dava mais.
Parecia que todos me olhavam e pensando a mesma coisa, é mais um para levar dedada. Sentei, de cabeça baixa sem falar com ninguém de tanta vergonha.
Começou chamando, senhor fulano, senhor beltrano, chegou sua vez.
Sentia umas pontadas no pé da barriga, além da dor, medo, ansiedade, vendo meu orgulho de macho intocável a pouco de chegar ao fim. Eu levantava, sentava, tomava água sabendo que minha vez estava chegando. Eu sabia que todo mundo percebia meu nervosismo. Para piorar, a atendente falou:
-Senhor Antonio Jerônimo o senhor está sentindo alguma coisa? De cabeça baixa disse, não senhora estou bem.
- Tem certeza? Sim senhora
-Se acalme o senhor parece está muito nervoso, tudo vai correr bem.
Pensei, fala isso porque não vai ser no seu que vai entrar um dedo sabe-se lá Deus como.
Os que saiam da sala do doutor aumentavam minha agonia, fazendo uma cara de quem tava morrendo de dor de barriga e desesperado para ir ao banheiro.  Pois é, a maioria saia deste jeito.
Faltava apenas três. Me passou pela cabeça uma idéia maluca, se pelo menos fosse uma doutora quem sabe seria melhor, ela poderia ser mais delicada, afinal toda mulher costuma ser.  O dedo seria mais fino. Mas também me ocorria outra preocupação, a unha. Sim a unha. Quem não conhece uma mulher que tenha unhas grandes. Tem a luva eu sei, mas e se rasgar. Já nem sabia o que seria pior.  E se ela resolvesse se vingar de alguma coisa logo em mim, já pensou, e não seria difícil não do jeito que a coisa anda. Se o marido tivesse traído ela, e descontasse tudo na minha pessoa, coitado de mim pagaria o pato sem culpa nenhuma.
De repente, aquela voz tenebrosa: 
Senhor Antonio, por favor, pode entrar.   Arrepiou até a alma. De cabeça baixa, ouvir uma voz feminina falar: senhor entre na sala a sua direita, tire a roupa e ponha este avental, o médico já vem lhe examinar.
 Mal coloquei aquele avental azul o médico chegou:
- Está pronto Senhor Antonio? Balancei a cabeça afirmando que sim.
Ponha suas mãos em cima da cama, empine um pouco as nadégas, e relaxe não vai doer nada.  Durará apenas entre quinze e vinte segundos. Vou utilizar este gel para que o senhor não sinta dor, não vai nem perceber, quando ver já foi. Fechei os olhos trinquei os dentes e senti aquele dedo grosso entrando em mim, torcendo para um lado para o outro. Mas doeu, doeu muito, cheguei ver estrelas.
Pronto. O senhor pode colocar sua roupa. O senhor, por favor, aguarde um pouco lá fora e já lhe dou o diagnóstico. Saí da li cego de vergonha nem quis saber do resultado e nunca mais voltei lá.
Por causa desta decisão, esta atitude impensada, do meu orgulho e machismo é que hoje, um ano e meio depois estou aqui entre amigos e parênteses, narrando-vos esta história deitado neste caixão frio, sem dor, sem orgulho, sem vida. 




Francis Gomes


quinta-feira, 26 de outubro de 2017

vidas virtuais



Vizinhos que nunca se encontram.
Encontros simplesmente casuais,
Amigos, amores, paixões
Amantes de encontros virtuais
Beijos, abraços sem toques
Carinhos que não deixam digitais

Choro e sorrisos digitados
Corpos que se tocam sem calor
Mente cheia de imaginação
E coração vazio de amor
Elogios e declarações a uma foto
Amor realmente sem valor

Mundo de muitos amigos sem amigos
O concreto perdeu suas digitais
As pessoas morrem prematuramente
Na ilusão que se tornaram imortais
Morrendo para a vida que importa
Se importando em viver vidas virtuais

Francis Gomes

quarta-feira, 11 de outubro de 2017



A criança e o poeta

Há! Se o tempo parasse de repente,
E voltasse a ser como era antigamente
Para eu reviver velhas alegrias.
E eu voltasse ser criança novamente,
E se possível, ser criança eternamente...
Envelhecer na meninice dos meus dias.

Como eu queria ser criança a vida inteira!
Cabelo duro todo sujo de poeira,
Chegar em casa e ouvir, mamãe falar:
-O que tu fez com a tua cabeleira?
-Por ventura faltou água a cachoeira?
-Vem cá menino deixa que eu vou te banhar”.

-Traz o sabugo e rapa de juá,
-Este cascão hoje vai ter que limpar.
-Mamãe já sou homem macho.
-Vem logo se não quiser apanhar.
E eu saía, pula pra lá e pra cá,
Até chegar a beirada do riacho.

 Chegando lá, mamãe dizia: - entra no rio.
Eu brincava até ficar roxo de frio,
Só saia quando mamãe me chamava.
-Vem cá menino, deixa eu ver o teu ouvido,
-Limpou direito? Coisa que eu duvido.
E com um pano velho me secava.

-Dá a mão filho vamos embora.
E nós saia caminhando estrada afora,
Até chegar a nossa casinha de sapé.
Enquanto mamãe fazia o jantar,
Eu brincava esperando papai chegar
De repente escutava bater o pé.

-Mamãe, mamãe, papai chegou,                                                                                  
-Ele vai pro rio eu também vou.
-Posso ir papai, com o senhor?
-Não filho, papai volta já,
-Fique com a mamãe preparando o jantar,
-Você já banhou.

 -Mamãe, mamãe, quero jantar.
-Calma filho, espera o papai chegar,
-Ele já esta vindo.
E de repente ela corria e me abraçava,
Me mordia, me apertava, me beijava,
Eu nem sei, se chorando ou se sorrindo.   

Uma aurora bronzeada sobre a terra!
Era o sol se escondendo atrás da serra,
E os pássaros procurando onde pousar.
Enquanto isso eu olhava da janela,
Vendo papai que abria a cancela,
E eu corria para mesa de jantar.

Papai e mamãe sentavam,
E eu subia na cadeira enquanto oravam.
Mamãe fazia nosso prato, depois o dela.
Depois sentávamos na beira da calçada,
Olhando o céu, observando a passarada,
Eu cochilava e dormia no colo dela.
  
Quando o poeta, nem pensava em ser poeta,
Era apenas uma criança discreta,
Protegido pelo o rei e a rainha,
Hoje, sou mais um entre os corações contritos,
Um poeta que ninguém ler seus escritos,
Revoada de uma única andorinha.

E a criança que pulava alegremente,
Com o pai e a mãe sempre presente,
De saudades hoje o seu coração ferve.
Com os seus pais tão distantes e tão ausentes,
O poeta é um homem tão carente,
Que se torna uma criança quando escreve.

Se eu pudesse pedir algo ao altíssimo,
E minha voz chegasse ao Senhor justíssimo,
Neste  dia eu pediria um só presente:
Humildemente em nome de Jesus Cristo,
Este poeta que ninguém ler seus escritos,
Só deseja se criança novamente.                                                                                                                            
 Que saudade, sinto da minha infância,
Do meu tempo de criança,
Eu, papai, mamãe, nós três.
Há! Se o tempo parasse de repente...
Voltasse a ser como era antigamente,
E eu pudesse ser criança outra vez.   


Francis Gomes

domingo, 8 de outubro de 2017

No dia do nordestino é o que tenho a dizer

 A cor de minha pele


Minha pele não é branca, 
Não é preta, nem amarela 
Minha pele tem a cor do meu povo
Do meu estado
Da minha terra,
De minha cidade
Do meu rio
Do meu açude
Da minha roça
Do colégio onde estudei
Das veredas que pisei.
A cor da minha pele não está 
Descrita em meus documentos,
Ela está cravada no meu coração,
No orgulho que sinto de ser nordestino
Cearense,
Fariasbritense.
Minha pele tem a cor do meu amor.
Minha pele sem dúvida nenhuma
Tem a cor do sertão.
Queimada do sol
Banhada pela lua
Soprada pelo vento agreste.
Ela tem uma cor especial.
E sinto orgulho em dizer:
Minha pele é nordestina.

Francis Gomes

Mistério da morte



Há um momento que o ser humano 
Seja ele santo ou profano 
Tenha muito ou pouca sorte 
Acredita que a vida é fútil 
Que ele é fraco, frágil, inútil 
De ante da morte 

Este inimigo invencível 
Porta para o invisível 
Caminho único para diferentes lugares 
Pode ser longa ou curta a jornada 
Para muitos pode ser para Pasárgada 
Para outros talvez Palmares 

Para quem fica o que conforta 
É que lá ser amigo do rei importa 
Lá os servos serão servidos 
A morte pode não ter critérios 
Mas os lugares onde nos leva são mistérios 
Por todos um dia conhecidos. 
  

Francis Gomes

sábado, 7 de outubro de 2017

Este teu jeito




Este teu jeito acanhado de sorrir
Este teu jeito disfarçado e atrevido de me olhar
Este teu jeito quase obsceno de morder o lábio
Ah! Este teu decote mostrando sem querer mostrar,
Faz o meu sangue ferver
O coração pular ao invés de bater
E meu corpo todo arrepiar.

Este teu jeito errado de fazer certinho
Este teu jeito certinho de fazer errado,
Este teu jeito santa de profanar
De fazer divino o que é pecado
Quando o teu corpo nu procura o meu
E como o rio procurando o mar eu procuro o teu
Fazemos do divinamente profano quase sagrado.

Você sabe como me prender
Neste teu jeito profano de mulher íntegra
Neste teu jeito espontâneo de ser só minha
De querer tudo quando se entrega.
Para nós, certo ou errado não existe
Eu sou muito bom em quebrar limites 
E você perfeita quando quebra as regras


Francis Gomes

domingo, 17 de setembro de 2017

Ser sozinho



Como é triste ser sozinho...
Andarilho sem amor,
Uma estrela solitária,
Que não dá seu resplendor,
É como um corpo sem alma,
Um espírito sem senhor.


Forasteiro sem ter casa
Fugitivo sem razão,
Implorando ao vento um beijo
E um carinho à solidão,
Suplicando à noite um sonho,
E ao sonho uma paixão.

Mas, como é triste ser sozinho...
Pelo mundo a vagar,
Sem parentes, sem amigos...
Sem ninguém a te esperar,
Sem um olhar, um sorriso,
Sem alguém pra te abraçar.

Mas é bom ter esperança,
Sempre alcança o que espera.
Vai à luta não desiste,
Quem persiste prospera,
Hoje já não sou tão triste,
Nem sozinho como eu era.

O destino como prêmio,
Te botou em meu caminho,
Já não sou tão solitário,
E nem ando tão sozinho,
Nem meu coração murmura,
Mendigando um carinho.

Nunca mais serei sozinho,
Nem jamais serás sozinha,
Serei eu, o que te faltava,
Tu serás o que eu não tinha,
Eu serei metade teu,
Tu serás metade minha.

Francis Gomes