POETA FRANCIS GOMES

POETA FRANCIS GOMES

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quinta-feira, 18 de novembro de 2021

 

De repente o concreto vira pó

 

 

A morte é traiçoeira, não avisa

E o tempo é duro, não volta atrás

Então cuidado com o que você diz

E com as coisas que você faz

Não se calcula o valor de um sorriso

Nem tão pouco qual o prejuízo

Que a dor de uma tristeza traz

 

Não se sabe quando será o último dia

Nem a última noite a está com alguém

Por isso não perca tempo sendo infeliz

Nem fazendo outro infeliz também

A  morte é uma passagem só de ida

E uma vez que alguém faz a partida

Não há volta para mais ninguém

 

Não se sabe, quando será o último beijo

O último abraço o último olhar

O último sorriso, estampado no rosto

O último segredo a compartilhar

Então ensine e seja aprendiz

Seja feliz e faça alguém feliz

Ame o máximo que puder amar

 

A dor da saudade não trás de volta

Nem o arrependimento mata saudade

Então diga eu te amo com todas as letras

Sempre que tiver oportunidade

Porque de repente o concreto vira pó

O vento da morte leva e você fica só

E ai pouco importa a sua vontade

 

 

Francis Gomes

terça-feira, 2 de novembro de 2021

 

Muitos mundos, a mesma alma

 

A minha casa fica em um morro, com belas visões

Mas, há outras casas em morros mais altos.

Mas eu sou poeta, e como poeta observador que sou

Vejo coisas que não veem os que moram em morros mais altos

 

Vejo o por do sol que se esconde atrás de outras casas

E dá a impressão de que ali é o final da linha,

Vejo também em volta de minha casa e ao longe

Outras casas, algumas melhores e outras piores que a minha

 

Enquanto leio um livro em meu escritório. Pessoa.

Viajando naquela narrativa de Campos, bucólica.

Ergo os olhos e vejo pela porta de vidro

Entre uma casa e outra, a cruz na igreja católica

 

E lembro: hoje é dia de finados. Fecho o livro.

Choro a saudade dos amigos que partiram: e são tantos.

Mas quando penso nos que podem partir sem que eu possa impedir,

O por do sol, a paisagem, o livro, perdem o encanto

 

E apesar de viver em muitos mundos, o poeta.

No homem e no poeta, pulsa o mesmo coração,

Possuem a mesma alma, o mesmo espírito e sofrem a mesma dor

Todas as vezes que se trata de perca, solidão e amor

 

 

Francis Gomes