O
morto vivo
A
noite começou triste
O
dia amanheceu chorando.
A
aurora turbada,
Não
veio acompanhada da brisa da manhã,
Nem
foi recebida em festa
Pelo
gorjear dos pássaros.
O
céu vestia luto
E
o sol soluçava escondido em algum lugar.
A
parti daquele dia nunca mais fui o mesmo.
Os
meus olhos perderam o brilho,
O
meu sorriso a alegria,
O
meu semblante triste mostrava claramente,
A
imagem de minha alma angustiada.
O
meu coração batia de teimoso,
Não
me faria falta nenhuma se ele parasse,
Ao
contrário me faria um favor.
Desde
aquele dia passei existir pela metade.
O
meu coração tornou-se terra inabitável,
Onde
o sol não clareia,
Nem
chove.
Não
floresce flores é terra morta.
Desde
o dia que o céu se alegrou
Com
a chegada de minha mãe,
A
terra ficou mais triste,
E
eu na minha insanidade
Passei
a duvidar do amor de Deus,
E
entender menos o propósito da vida
E
a intenção da morte.
Francis
Gomes
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