Meu velho pai meu amigo
Às vezes falando comigo
Querendo voltar o tempo atrás.
Falando sozinho igual louco
Me pergunto se não lhe amei pouco
Se eu não podia ter lhe amado mais.
Quando pego minha filha em meus braços
Lembrando papai seus abraços
De sua voz, seu sorriso o olhar,
Luto, me esforço me empenho
Com toda força que tenho
Mas não consigo evitar de chorar.
E do meu Eu tristonho e sombrio
Se apodera uma tristeza um vazio
Uma angustia que parece sem fim,
E a cada natal e ano novo
Que celebram a esperança de um povo
Eu choro a morte de parte de mim.
Pois na data que celebram a esperança
Sou um adulto, mas me sinto criança
Perdida sem saber aonde vai
Chorando querendo um abrigo
Um afago, um abraço um amigo
Um carinho e um colo de pai.
Francis Gomes
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