Aritmética
da vida
O
tempo passa
Vão-se
os dias
E
a vida, esta aos poucos
Vai
escapando de nós
Como
a água que não se pode prender
Na
palma das mãos
Sem
que escape por entre os dedos.
Nem
percebemos.
A
vida é inversamente proporcional ao tempo.
Cada
dia a mais que vivemos
É
um dia a menos para se viver.
Para
relógio da vida somos inúteis.
Tudo
gira em torno da matemática,
Das
simples e básicas operações
Da
velha tabuada, mas nunca a nosso favor.
A
renda não é dividida entre os pobres.
O
salário dos homens de ternos,
São
somados aos muitos benefícios
Mas
nunca chega a um coeficiente exato.
As
dividas do trabalhador multiplicam-se.
E
da pequena remuneração é subtraído
Os
encargos, para matar
A
insaciável fome dos leões do serrado.
A
aritmética da vida é injusta.
E
quando se tira a prova,
De
um a nove sobe,
Para
os ricos.
O
pobre desce e é tirado fora.
E
assim o tempo passa,
Vão-se
os dias,
Morremos
sem viver,
E
sem entender
A
matemática da vida
Francis Gomes
Nenhum comentário:
Postar um comentário