Uma pequena homenagem a Dominguinhos e Luiz
Gonzaga.
Um poema usando apenas títulos de suas músicas.
O nordeste está órfão, os céus em festa e a
terra triste
Eles cantaram,
Forró
no escuro
Deus lá de cima viu
Que aqui tava bom de mais
No nordeste que sem pré foi
Mel e
fel
Ficou sem
rum nem prumo,
Como não
tem jeito que dê jeito
Nem adiantou
Olhar pro céu
Cantar
viva o rei
Alvorada
da paz e
Apelo
ao soberano,
Porque eles já tinham
Um
lugar ao sol.
Deus tocou no nosso ponto franco
E recolheu a
última estrela
De
volta ao seu aconchego
Depois da asa
branca
A
estrela Gonzaga
Dominguinhos,
Sem se
despedir de mim disse:
Não prende minhas asas,
Tô indo
embora.
Vou voltar
A casa
grande.
Deixou uma saudade
matadeira,
A
sanfona sentida
E foi cantar viva
ao rei
Na nova Jerusalém
Na
cabana do rei
Um
baião de dois
Com a estrela Gonzaga.
Enquanto tem festa no céu,
Pra nós só resta dizer
Valha
me Deus, senhor são Bento.
E chorar no umbuzeiro
da saudade
A
triste partida
Do baião
que vai
A festa
dos santos réis.
Francis Gomes
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