POETA FRANCIS GOMES

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sexta-feira, 15 de maio de 2015

A arte de escrever





Escrever, não apenas dom é técnica.  Não é como fazer salada de frutas, que você escolhe as frutas de sua preferência, corta em pequenos cubos e pronto, é muito mais que isso.
E uma das mais antigas artes.  Começando pelos escritos em pedras, couro, pergaminhos até chegar ao papel.  Da mesma forma que o pintor passa todo seu sentimento para uma tela assim também é com a escrita ou pelo menos deveria ser. Começa pela escolha da tela, da tinta, do pincel. As tintas são misturadas para criar uma uniformidade de acordo com o que a obra vai pedindo.
É preciso pincelar, se afastar olhar de perto, de longe, tornar a pincelar da mais uma, duas, outra e mais outra olhada, até que a tela comece sorri para o criador.
Escrever é isso.  Como falou Graciliano Ramos, é como faz as lavadeiras, lavam a roupa, ensaboa , põe para quarar, enxágua, bate, espreme, torna a bater, espreme e depois põe pra secar. Quem se mete a escrever deve fazer desta forma.
Não basta apenas juntar um monte de palavras bonitas e passar para o papel. Não.  Precisa muito mais.
 Escrever é viver diversas vidas em muitos mundos. É emocionar. É tornar visível o invisível e fazer com que outros viagem nas sinfonias das letras, nas melodias das palavras em cada frase ou versos de um bom livro independente do estilo literário. Escrever é de certa forma por algum momento brincar de ser Deus, a criatura sendo criador, ter em suas mãos o poder da felicidade e da tristeza, fazer nascer e matar um personagem. É ter o poder de domar o destino.
Por outro lado o escritor, o poeta, é um ser que divide o melhor de si com os outros ao mesmo tempo é egoísta. Vive rodeado de personagens e é solitário. Escrever é correr o risco de por no papel a mais excelente das frases e algumas vezes a mais infeliz, é viver na linha que divide as emoções.
È como fazer a construção de uma casa. Primeiro, prepara o terreno, esquadreja, faz os alicerces. Levanta a estrutura. E depois que tudo estiver caprichosamente levantado, em nível e alinhado, vem o acabamento e depois do acabamento ainda vem à limpeza.
Isso é escrever. Vem à idéia, passa pra o papel. Ler uma, duas, duas, três e outras tantas vezes, fazendo os cortes, enxaguando como as lavadeiras, e quando tiver enxuto, limpo como a roupa branca no sol, quando ele sorri para você, o acabamento final está feito.  Aí é presentear o leitor com o que você tem de melhor naquele momento.

Francis Gomes






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