Às
vezes olhando da janela do meu Eu
Vejo
ao longe no horizonte infindo
As
curvas sinuosas das estradas que passei
E
a luz da vida dia a dia se indo
Estrada
que não fica rastros
Porque
o vento apaga-os facilmente
E
o tempo amigo ou inimigo, não sei,
Se
encarrega de apagar da mente.
As
imagens vistas e vividas se turvam,
E
por mais que queira não volta atrás.
O
que vi e vivi nesta longa estrada
Agora
se foi bom ou ruim tanto faz.
O
tempo, o peso da idade fragiliza-me
Faz-me
sentir frio nesta jornada.
E
percebo que é noite e a janela do meu Eu,
Estar
aberta e precisa ser fechada.
E
tudo ficará no esquecimento,
O
viajante como se não tivesse existido
As
curvas, a estrada, a estrada as curvas
Tanto
um como outro será esquecido.
Francis
Gomes
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