POETA FRANCIS GOMES

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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

 

Incógnita

 

 

O que tem por trás desta mulher elegante e estilosa?

Que atrai olhares e desperta desejos

Qual será o sabor do teu baton?

Qual será o gosto que tem seus beijos?

Que cicatrizes tem seu corpo e a roupa encobre

E a lingerie que você usa e a roupa cobre

Será tão linda e sensual como eu vejo?

 

Que mistérios oculta o teu olhar?

E o teu sorriso que segredos tenta esconder?

Como será o teu corpo sem esta roupa?

Sem esta roupa o que é capaz de fazer?

Será fria ou acende uma chama

Tem fantasias e quando está na cama?

Quais loucuras faz na hora do prazer?

 

Que desejos e fantasias você tem?

Que sentimento tua timidez oculta?

Nos espaços dedicas as paixões louca

Quem será que o teu coração ocupa?

Se me permitisse viajar no espaço aéreo

Deste teu corpo completamente etéreo

Talvez livre em um quarto trancado você seja absoluta

 

 

 

Francis Gomes

sexta-feira, 27 de novembro de 2020


Carência

 

 

Tô com saudade de um amor verdadeiro

Que aquece o corpo inteiro

Quando beija se tocando

Tô com saudade do abraço que sufoca

E da carícia que provoca

Arrepios se beijando

 

Tô com saudade até de sentir saudade

Do amor que dá vontade

De repetir depois que faz

Das loucuras que só a paixão permite

De amar onde o limite

É o máximo que for capaz

 

Dos toques que a pele logo aquece

De maneira que parece

Que o corpo fica em chama

E os toques são reais não virtuais

Deixa na pele as digitais

Bagunça o cabelo e a cama

 

 

Francis Gomes

 

 

 



 

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

 A biografia das rosas

 

Eu sou a primícias do fruto. Minha beleza encanta, fascina. pela minha existência criaram uma estação do ano em minha homenagem. De mim se alimentam as abelhas sugam meu nectar para produção do mel. Os beija flores me procuram constantemente, pairam no ar para me beijar com suavidade.  

Alguns dizem que eu não morro sofro apenas uma transformação, de certa forma tem razão, mas nem tanto, ninguém de coloca em meu lugar para ver se é fácil ser eu. Como sabem que eu não morro? Quem conhece meu sofrimento, minhas dores e tristezas pelos descasos e abandonos da vida?

Mas estou pronta para fazer meu relato, contar minha vida desde o principio de minha existência até minha dolorida morte. Também falarei de alguns momentos de felicidades que eu proporciono as pessoas. Mas apenas as pessoas e por pouco tempo, porque também logo se esquecem de mim e começa meu sofrimento.

O meu despontar pra vida começa como a dos seres humanos, é necessário a gestação de minha mãe e surge o pequeno botão, sou eu surgindo entres os galhos e folhas de mamãe.

Assim como nos humanos meus descendentes também tem várias estaturas, de forma que muitas vezes eu nasço no alto outras vezes entres as ervas daninha e espinhos rastejantes.

Às vezes o sacrifício de  minha morte é necessário para dá lugar aos frutos. E assim vai.

Todo mundo admira minha beleza, o esplendor de minhas cores, o aroma gostoso que deixo no ar.

Mas vamos por partes. Quando nasço entre os espinhos e pequenas ervas daninha minha vida é curta e sofrida, sou pisada por animais grandes e  pequenos, muitas vezes engolida viva.

Outras vezes cultivam-me entre muitas outras de minha espécie, mas cada uma com uma característica diferente, uma beleza particular, um aroma indescritível de tão gostoso.

Nestes casos, somos recolhidas vivas, cordas sem dó nem piedade, ninguém se preocupa com nossa dor, nosso sangramento ao passarem uma navalha por nossos pés. Muitas vezes somos transportadas empilhadas uma em cima da outra,  quando muito somos orvalhadas e querem que permanecemos sorridentes, lindas e aromatizando o ambiente como se nada tivesse acontecendo.

O único bom momento que nos acontece é quando somos presenteadas a alguém que nos recebe com alegria, nos alimenta com água e carinho, mas também logo se esquece da gente e nos deixa morrer de cede.

Na maioria das vezes, somos levadas para grandes empresas,  e imagine, imagine a dor que sentimos ao sermos trituradas por lâminas afiadas, nos cortando sem dó, sem nenhum sentimento pela dolorosa morte que estamos tendo, tudo isso para satisfazer o ego dos humanos para usar apenas nossa essência, nosso  espírito, o perfume.

E quando  nossa mãe é de um porte grande, quem lembra, quem  pensa na dor que sentimos em nossa queda? Depois de caída, somos pisadas pelos humanos, cortadas, carregadas pelas formigas que nos corta aos pouco, de pedacinho em pedacinho. Quem para e pensa o quanto nosso corpinho pequenos sofre com tanta dor?

Mas infelizmente a vida é assim para nós e para todos. Os  humanos que tanto nos maltrata também são do mesmo jeito.

Depois que passa o tempo, o vigor da idade, a força física, murcha a beleza, muitos caem outros são cortado da sociedade como se não tivesse valor algum.

Como nós, só a essência,  o espírito é aproveitado, o resto vira pó. E como o perfume apenas uma saudade levada pelo vento com o passar do tempo

 

Francis Gomes


Labirintos

 

Teus lábios são labirintos

Que atiçam meus instintos

E incendeiam  meus desejos

Sem pudor e sem critérios

Me arrisco descobrir os mistérios

Ocultos atrás de seus beijos

 

Teu corpo é uma trilha

Em cada curva uma armadilha

Com manjares presos a laços

Provo e degusto inteiro

E me torno prisioneiro

De teus carinhos e abraços

 

Nos labirintos de teu corpo me atrevo 

Ir muito além do que devo

E me perco em teus encantos

No toque, no carinho e no beijo

Vejo e finjo que não vejo

Par ir e voltar ao mesmo canto

 

 

Francis Gomes


terça-feira, 30 de junho de 2020

Sentir saudade só sente que foi feliz


Eu gosto de viver o momento
Não sou de deixar nada para depois
Mas também não sou apavorado
Para colocar o carro na frente dos bois
Mas vivo cada momento intensamente
Seja como um amigo, um parente
Sozinho ou um momento a dois

Não que eu não faça nada errado
Ou sempre pense antes de fazer
Mas desde que não prejudique os outros
Eu faço aquilo que me dar prazer
Talvez digam que sou egoísta,
Mas o certo e o errado é ponto de vista
E loucura pra mim, é ter medo de viver,

É deixar de viver algo pelos outros
Porque alguém diz que é loucura ou pecado.
Talvez quem pensa assim esteja certo
E seja eu, que estou errado
Eu só falo uma coisa pra vocês
Ninguém sente saudade do que não fez
E ninguém faz sem nunca ter tentado

Eu vivo e faço pra depois sentir saudade
De pessoas e das coisas que eu fiz
Sentir saudade me trás felicidade
Não me machuca e nem me deixa infeliz
Eu gosto de sentir saudade sim
De pessoas e momentos bons pra mim
Sentir saudade só sente que foi feliz.


Francis Gomes






domingo, 28 de junho de 2020

Fantasias

Fantasias

Estes teus cabelos longos negros
Estas tuas unhas grandes bem feitas
Este teu sorriso lindo que deixa
A sua boca linda  perfeita
Este olhar agateado exótico
Me trás devaneios eróticos
Pensando se você aceita

Uma  noite de amor comigo
Para fazer-nos dela uma noite sem fim
Seja em seu quarto, em sua cama
Ou na grama de seu jardim
Para beijar os seus lábios vermelhos
Enquanto Seguro os seus cabelos
Crava estas suas unhas em mim

Não,  não somente enquanto a beijo
Mas também em outras situações
Sentir a maciez e o cheiro dele
Também em outras condições
Na cozinha, na sala na varanda
Sentada, deitada enquanto anda
Beijando-te e em outras posições.


Francis Gomes

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Quando eu morrer

Quando eu morrer

Quando eu morrer,
Que seja em um dia de sol
De céu límpido e azul,
E em algum lugar
Tenha pássaros gorjeando.
E se for a noite
Que seja uma noite estrelada
De lua cheia,
Soprando uma brisa mansa.
E em algum lugar
Tenha um poeta
Compondo um verso
Um poema, uma canção.
E no dia seguinte a minha morte
Que caia uma chuva fina
Para regar a terra
E em volta do me túmulo
Nasçam gramas
E brotem flores
Como os versos
Brotavam em mim
Quando vivo.
E todos, todos saibam
Que eu era poeta.


Francis Gomes

Solitário



Eu gosto de ser solitário.
De sofrer sozinho
De chorar sozinho
De sorrir sozinho
De cantar sozinho
De andar sozinho
De dormir sozinho.
Eu não tenho medo
Se ser solitário,
Ser solitário não é ter solidão.
É ter espaço e tempo
Para ver melhor as coisas
Em volta de sim.
Eu não sofro por se solitário,
Mas eu tenho medo de sofrer,
Por desabituar-se de mim
E me habituar
As coisas, a alguém
A presença de alguém
Ao amor de alguém.
E tenho mais medo ainda
De sofrer mais
Para desabituar-se.
Talvez seja difícil
Habituar-se a mim,
Mas também é difícil
Para eu desabituar-se
De mim mesmo.
Porque já estou habituado.
É difícil desabituar-se de si
Para habituar-se aos outros
Mas desabituar ao outros
E novamente habituar-se a si,
É muito mais difícil,
Por isso sou solitário.


Francis Gomes

sábado, 20 de junho de 2020

POR ESTAS E OUTRAS COISAS

VAI PROCURAR UM LUGARZINHO BEM PRA LÁ, DEPOIS DA BAIXA DA ÉGUA BEXIGUENTA. RSSSSSSSSSS


Por estas e outras coisas

É por este seu estresse sem motivos
E sem motivos finge que está estressada,
Inicia uma discussão sei lá porquê
Sem argumentos você fica calada,
Por estas e outras coisas que você faz
É que eu saio sem olhar para trás
Bato a porta e não te falo nada.

E quando volto sem saber a onde fui
E muito menos o que eu estava fazendo,
Mesmo sabendo que eu não bebo
Me acusa de está com os amigos bebendo.
Por estas e outras coisas que você faz
É que a nossa vida não tem paz
Pelo inferno que você vive fazendo.

Você sempre está certa e eu errado
Tem certeza do que eu fiz, sem eu ter feito,
Nada presta, nada serve, nada é bom
Até em Deus você encontra defeito.
Por estas e outras coisas que você faz
É que o nosso vaso quebrou e não emenda mais
Não tem oleiro e nem milagre que dê jeito.

Pelo seu jeito arrogante de achar
Que você está sempre com razão,
Sempre certa todo mundo está errado
Como se fosse a própria perfeição.
Por estas e outras coisas que você faz
É que hoje eu te falo não dar mais,
Assine aqui, é nossa separação

Francis Gomes

terça-feira, 16 de junho de 2020

Devaneios eróticos




Se eu pudesse fazer tudo que eu penso
Se você deixasse eu escrever tudo por extenso
Em seu corpo todas as minhas fantasias
Eu tiraria um verso de cada curva dele
Com a língua escreveria um poema nele
Romântico, erótico sem pornografias

Se você quisesse, e permitisse eu realizar os meus ansejos
Se os teus desejos fossem fortes como os meus desejos
Certamente eu e você perderíamos o juízo
Se ficássemos livres em um quarto trancados
Com certeza cometeríamos alguns pecados
Tão prazerosos que nos levaria ao paraíso

Se eu pudesse faria de teu corpo um oceano
Para desaguar nele todo meu desejo insano
E mergulhar em suas partes mais profundas
E mergulhado nas profundezas do teu prazer
Eu também seria uma ilha, bem no meio de você
Que as ondas do teu prazer sempre inundas


Francis Gomes

terça-feira, 9 de junho de 2020

A pior doença do mundo



Outro dia um senhor
Me olhou fixo e profundo
Voz mansa, cabelos grisalhos
O rosto meio rubicundo
Perguntou se eu sabia
Que até aquele dia
Qual a doença que teria
Matado mais gente no mundo.

Então me veio a cabeça
Os acidentes vasculares
As várias doenças respiratórias
Alzheimer, os câncer pulmonares
Aids, dengue, coração,virose
Diabete, paralisia, tuberculose
Febre amarela, gripes, cirrose
E a droga, destruidora de lares.

Acrescentei sarampo e diarreia
Catapora, caxumba, malária
Peste negra e o ebola
Gripe suína, espanhola e aviária
E entre as que eu conhecia
Por este últimos dias
Apareceu esta pandemia
De todas a majoritária

Ele me olhou nos olhos
Coçou a cabeça respirou profundo
E disse: tem uma que mata mais
E isso desde que o mundo é mundo
Mas as estatísticas encobre
Porque não mata os nobres
Ela só mata os pobres
Que vivem no submundo

Então eu disse meu senhor
Esta doença tem nome?
Que doenças terrível é esta
Que só aos pobres come?
Ele disse - Esta doença malvada
É fácil de ser curada
Porem ninguém não faz nada
Esta doença, é fome.

Francis Gomes

segunda-feira, 8 de junho de 2020

ESCRAVIDÃO MODERNA




Me digam , me digam o que mudou
Depois que a princesa Isabel assinou
Aquela fajuta lei de liberdade?
Mudou, os fazendeiros e capitães do mato
Os navios negreiros estão nos trilhos e no asfalto
E as senzalas invadiram a cidade

Trens e ônibus lotados a circular
Com escravos brancos e negros para trabalhar
Pela mesmo sonho de liberdade que não vem
E assim como no passado
Muitos dos irmãos escravizados
Escravizam o próprio irmão também

A única coisa que realmente mudou
É que a escravidão se modernizou.
As senzalas, os escravos os senhores.
A casa grande: edifícios, condomínios mansões,
Senzalas: cortiços, favelas, ocupações
Mas não houve alterações dos valores.

Continuamos escravos isto é fato
Perseguidos por senhores e capitães do mato
Lobos raivosos por nossa captura
Mas assim como nosso ancestrais
Só nos resta lutar cada vez mais
Até quebrarmos os grilhões da escravatura.


Francis Gomes